«O trabalho que está sendo realizado nas comunidades não deve ser interrompido, mas acima de tudo deve ser tornado sustentável», exortou o primeiro secretário do Partido Miguel Díaz-Canel Bermúdez na segunda-feira, 22 de novembro, enquanto conduzia um intercâmbio sobre as experiências de transformação em mais de 60 bairros vulneráveis da capital.
Não faz sentido, disse o presidente, «começarmos a trabalhar em um determinado lugar e uma semana depois há a sensação de que ele parou. Isso é decepcionante, desmobiliza; as pessoas continuarão apoiando enquanto as coisas continuarem avançando. Tudo o que estamos fazendo nos bairros também deve fortalecer o bom funcionamento das instituições estatais ali localizadas. Para tornar tudo isso sustentável, uma das primeiras condições é que as instituições estatais funcionem bem», disse o presidente.
Díaz-Canel considerou que o que está sendo enfrentado tem muito a ver com problemas acumulados que não foram adequadamente tratados por um grupo de instituições nos bairros, e que, em primeira instância, quase foram forçados a fazer o que deveriam ter feito antes.
Após ouvir sobre o trabalho que está sendo realizado por vários ministérios e institutos em conjunto com autoridades locais e moradores, o chefe de Estado considerou-o «muito importante para o progresso e a sustentabilidade do que estamos fazendo nos bairros, a melhoria do trabalho social. Temos muito potencial em nossos assistentes sociais», disse, «mas devemos treiná-los em conceitos mais profundos, como a educação popular».
O presidente referiu-se a alcançar «qualidade em tudo o que fazemos, que as soluções que fornecemos eliminem a vulgaridade, o mau gosto, que também desenvolvam uma cultura de detalhes». Também indicou que os pilares que propusemos para a gestão do Governo e do Partido deveriam ser incorporados: comunicação social, informatização e ciência e inovação.
«Devemos prestar mais atenção», salientou, «às questões ambientais e garantir que tudo o que as prejudica seja levado em conta».
Na reunião com ministros, presidentes de institutos, representantes de organizações de massa e autoridades do Partido e do governo em Havana, Díaz-Canel pediu que todas essas transformações levassem em conta as motivações dos jovens e crianças dos bairros e, consequentemente, preservassem espaços para esportes, parques infantis, para a recreação e cultura.
Também falou em fazer todos os esforços para garantir que não haja pessoas que estejam desligadas do estudo e do trabalho. A melhor maneira para uma pessoa com capacidade de trabalhar para sair da vulnerabilidade é treiná-la e dar-lhe um emprego para que, com base em seu esforço e contribuição, possa sair desta situação.
Segundo o governador da capital, Reinaldo García Zapata, nestes quatro meses de transformações nos bairros, mais de 2.3 mil jovens foram incorporados aos estudos e um número similar de empregos foi fornecido; cerca de 11 mil cadernetas de suprimentos foram distribuídas; 1.249 mães com mais de três filhos foram atendidas e 757 novas matrículas foram feitas nas creches. Mais de 35 mil ações foram realizadas nos 65 bairros.
A reunião, que se realiza periodicamente no Palácio da Revolução, contou com a presença do primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, e do secretário de Organização e Política de Pessoal, do Comitê Central, Roberto Morales Ojeda, ambos membros do Bureau Político.
