O primeiro secretário do Comitê Central do Partido, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, realizou, em 31 de janeiro, uma reunião no Palácio da Revolução com a liderança máxima da União dos Jovens Comunistas (UJC) e da Federação de Estudantes Universitários (FEU), na qual pediu trabalhar para que todos os jovens cubanos encontrem espaços em ambas as organizações, o que implica, disse, «muita observação e nenhum preconceito».
«Temos que construir um clima onde possamos, dentro da Revolução, discutir até mesmo as coisas em que não estamos de acordo», disse o presidente da República. «Isso nos dá mais desenvolvimento, mais possibilidades, porque os problemas são tão complexos, a vida é tão convulsiva que nenhum de nós pode assumir que está certo sobre tudo. Um aprende muito com os outros», enfatizou.
«Todos os projetos que fortalecem o socialismo, a democracia, a participação, os valores, o bem-estar — defendendo a Revolução — vamos levá-los em conta, porque as pessoas se sentem mais comprometidas quando participam», disse Díaz-Canel em um intercâmbio com líderes juvenis que durou mais de três horas.
Na reunião, da qual participaram Aylín Álvarez García, primeira secretária da UJC, e Karla Santana Rodríguez, presidenta da FEU, o presidente conversou com os jovens sobre a situação atual de Cuba, complicada pelos efeitos da Covid-19 e pela intensificação do bloqueio dos EUA, bem como pelo papel fundamental desempenhado pelos jovens neste período difícil.
Díaz-Canel esteve interessado na atenção que os ministérios prestavam às universidades — os conhecidos acordos — nos quais foram feitos progressos, embora ainda haja insatisfações, especialmente em termos de transporte e recreação, que os jovens estão exigindo.
O primeiro secretário do Partido reiterou que os órgãos de treinamento têm que bater às portas das instituições estudantis e não o contrário, porque se estamos dizendo que os jovens são as pessoas mais importantes, ninguém pode romper com esse conceito.
Também pediu que a UJC e a FEU sejam mais ativas nos debates que são gerados sobre a violência contra as mulheres, o bem-estar social, a discriminação racial, o meio ambiente, entre outras questões, «que são nossas e que temos que promovê-las», disse.
Entre as questões abordadas pelo presidente nesta reunião — que também contou com a presença do membro do Bureau Político Roberto Morales Ojeda, secretário de Organização e Política de Pessoal, e Rogelio Polanco Fuentes, membro do secretariado do Comitê Central e chefe de seu Departamento Ideológico — também esteve a atenção da UJC e da FEU para os jovens mais vulneráveis, bem como para os jovens que trabalham no setor não estatal.
Falou-se em aumentar as fileiras do Partido Comunista; em conseguir um movimento juvenil mais ativo em todas as tarefas da nação, envolvendo os pioneiros; em acrescentar mais líderes juvenis aos grupos que hoje estão analisando e propondo novas políticas públicas, e de a FEU e a UJC se aproximarem de outros movimentos juvenis que também estão contribuindo muito para a Revolução.
Os jovens líderes levantaram problemas materiais que afetam a vida universitária, tais como a construção de residências estudantis, especialmente em Havana e Matanzas.
«Fiquem tranquilos», disse Díaz-Canel, «que vocês terão o total apoio e compreensão do Partido, mesmo se discordarem de nós em alguma coisa, e discutiremos isso na atmosfera de camaradas em luta, de camaradas, de revolucionários, sem qualquer tipo de problema. Nunca esperem uma imposição da nossa parte», disse.
«Temos toda a vontade, todo o desejo e toda a necessidade de que vocês participem de tudo o que vamos enfrentar», enfatizou o primeiro secretário do Partido Comunista, que também pediu para convidar os jovens da Federação dos Estudantes do Ensino Médio para estas reuniões no Palácio da Revolução.
