ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Obra de Ernesto Rancaño. 

Se fosse pedido à pátria mãe que nomeasse aqueles filhos e filhas que a deixaram orgulhosa por sua nobreza, suas virtudes e seu exemplo, Vilma Espín Guillois estaria entre os nomes iluminados sem hesitação.

Como poderíamos deixar de mencionar esta mulher, excepcional em sua sensibilidade e humanismo, humilde e sincera, fiel a Cuba, amante da dignidade, possuidora dos mais sólidos princípios.

A pátria também poderia dizer Déborah, e então seria feita menção à lutadora clandestina, a guerrilheira. De ambas nasceu a líder inesquecível, a voz dos direitos da mulher, a líder que soube ser amiga e irmã de tantas mulheres cubanas em cujos corações ela é eterna.

Aquela jovem mulher de múltiplas inspirações, que amava o canto e o balé, que também era ativa no esporte, tinha, acima de tudo, um elevado senso de justiça, que lhe deu a capacidade de assumir um dever sagrado: a defesa de causas nobres, a luta incansável pela liberdade e soberania desta terra.

Não é coincidência que os traços de amor e dedicação que ela plantou permaneçam intactos, mesmo que não esteja mais presente fisicamente. Não é por acaso porque, quando se age motivada por sentimentos verdadeiros e profundos, por sonhos que vão além da individualidade para se tornar os sonhos de muitos, pela esperança inabalável de uma sociedade onde a equidade e o respeito são pilares essenciais, ela acabou imortalizada, mesmo quando sua simplicidade a impede de fingir que é assim.

Se sua contribuição para o triunfo foi inestimável, igualmente titânico foi o trabalho que ela realizou depois daquele 1º de janeiro. Tanto que o próprio Fidel a reconheceu muitas vezes, no caminho que a Revolução seguiu para garantir às mulheres a sua plena realização em todas as esferas da sociedade.

Ela dedicou todas as suas energias à Federação das Mulheres Cubanas (FMC), uma organização da qual foi ideóloga, fundadora e presidenta até seu último suspiro, e junto com valiosas camaradas e com o apoio irrestrito do Comandante-em-chefe, fez dela um exemplo para o mundo, e em seu nome levantou sua voz nos mais diversos cenários internacionais, como prova do papel de liderança da mulher no socialismo cubano.

É por isso que, embora a cada 7 de abril lembramos o enorme privilégio de ter uma pessoa como ela nascida em Cuba, Vilma é a motivação para nosso trabalho diário, para os objetivos que construímos juntos, como o projeto do Código de Família, também o fruto de seu trabalho árduo.

Vilma é a mais alta expressão do fato de que heroísmo e dedicação ilimitada à pátria são qualidades intrínsecas das mulheres cubanas.