
Na esquina das ruas 23 e 12, o mesmo lugar de Havana onde há 61 anos o Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz proclamou o caráter socialista da Revolução Cubana, o momento memorável foi lembrado no sábado 16, quando ele definiu o rumo transformador do país, pouco antes de seu povo marchar para Playa Giron, para repelir a invasão mercenária.
Na presença de Miguel Díaz-Canel Bermúdez, primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República; Roberto Morales Ojeda, membro do Bureau Político do Partido e secretário da Organização; e outros membros do Bureau Político, líderes do Partido, do Governo, da União dos Jovens Comunistas (UJC), da Associação dos Combatentes da Revolução Cubana, das Forças Armadas Revolucionárias, do Ministério do Interior e outros, os presentes no evento político-cultural evocaram aquele 16 de abril de 1961 quando, no enterro das vítimas dos bombardeios do prelúdio de Girón, o líder máximo da Revolução Cubana expôs:
«Isto é o que eles não podem nos perdoar, que estamos lá sob seus narizes, e que fizemos uma revolução socialista sob os próprios narizes dos Estados Unidos, e que essa revolução socialista vamos defendê-la com esses rifles, e que essa revolução socialista a vamos defender com a coragem com que ontem nossos artilheiros antiaéreos rejaitaram os aviões agressores com balas».
Falando em nome das milícias que responderam ao chamado de Fidel para se preparar para a invasão mercenária da Playa Girón, o capitão (a) Alberto Campos Abreu, um combatente naquela heróica ação, lembrou como, 61 anos atrás, «um mar de pessoas e milicianos se reuniu aqui para dar adeus aos caídos e mostrar ao mundo seu apoio à nossa Revolução. Aqui, nossos milicianos fizeram um juramento para defender nossa Revolução Socialista, o hino nacional foi cantado e a ordem de mobilização geral em defesa da pátria foi ratificada».
«Hoje» — destacou Campos Abreu — «a geração que lutou em Playa Girón está presente aqui, mas há também as jovens gerações de lutadores, trabalhadores e estudantes que lutam todos os dias em suas diferentes frentes de combate, trabalho e estudo, demonstrando assim seu apoio ao projeto socialista».
UMA PROCLAMAÇÃO IRREVOGÁVEL E VÁLIDA
«Se o ataque ao navio a vapor La Coubre cimentou a posição de Pátria ou Morte, este estrondoso comício (o de 16 de abril de 1961) definiu para o futuro a decisão indelével e irrevogável de todo um povo de avançar para a construção do socialismo, como um sinal inegável do crescimento político e cultural da Revolução, apesar dos esforços para manipular, confundir e truncar o progresso de seu trabalho», ratificou Luis Antonio Torres Iríbar, membro do Comitê Central do Partido e primeiro-secretário do Partido em Havana, quando proferiu as palavras centrais do evento.
Torres Iribar disse que hoje o povo cubano (...) continua travando múltiplas batalhas. «Graças ao socialismo, conseguimos mais do que superar a investida da pandemia da Covid-19; temos uma economia que tem sido capaz de resistir à política mais coerciva e genocida que existe no mundo para com qualquer povo; enfrentamos a crise multidimensional prevalecente em um mundo de desigualdades e sem garantia de sustentabilidade; e continuamos lutando por um mundo melhor com todos e para o bem de todos», disse.
«Chegamos ao 61º aniversário do caráter socialista da Revolução em um contexto de progresso em direção à robustez da institucionalidade revolucionária, no qual a estratégia político-ideológica e econômico-social desempenha um papel motor, endossada nos acordos e resoluções aprovadas no 8º Congresso do Partido», disse Torres Iríbar.