ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Estudio Revolución

Os dias passam, mas não a tristeza; um grupo de socorristas para, apenas por um tempo para recuperar forças, mas não o resgate, que outro grupo empreende, como tudo que carrega em sua essência a marca mobilizadora do amor.

A vida continua, mas não ao ritmo despreocupado com que costumamos dizer a frase quando a morte inexoravelmente ocorre. Isto é diferente. Um acidente dói muito mais do que o inevitável adeus ao qual o curso natural da existência leva. Um acidente que encurta ao mesmo tempo vidas, projetos e uma bela peça da cidade... O ar é pesado; as pernas e os ombros são pesados. Não há um recanto do país onde não se fale de Saratoga. Cuba não dorme; está acompanhando.

O temor, porém, não é motivo de suspense. O governo, a Polícia, os moradores, professores, médicos, enfermeiros, pessoas em geral... estão estendendo seus braços para oferecer o que for necessário e para mitigar os efeitos dos danos com ações. O presidente Miguel Díaz-Canel — pela terceira vez após a explosão — foi ao local em ruínas, em 10 de maio, para verificar tudo o que diz respeito aos trabalhos de resgate e restauração e a situação das vítimas.

Há dor, mas há muito o que fazer. E é nisso que o país, liderado por seus líderes, está focado. Salvar, limpar, planejar, construir, dignificar... porque para os heróis que se expuseram ao perigo do colapso e da poeira, a prioridade é também o respeito irrestrito pelo corpo encontrado sem vida.

O que aconteceu no Saratoga, um hotel que, após dois anos fechado devido à pandemia, estava prestes a reabrir suas portas, nunca será apagado das páginas da história da Ilha. Agora é hora de reparar, acompanhar, tirar forças da força, empreender juntos o necessário renascimento da área afetada e dar total apoio àqueles que mais perderam.