
O primeiro-secretário do Comitê do Partido Central e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, insistiu em banir a mentalidade da importação no esforço de satisfazer as necessidades alimentares de nossa população.
Enfatizou a importância da eficiência, apesar da falta de insumos nos processos de produção, enquanto apontava a necessidade de treinar estruturas para superar manifestações de burocracia e apoiar a gestão de empresas nesta área.
No Plenário Nacional com pólos produtivos e o movimento de vanguarda político-produtivo para os 100.000 quintais de várias culturas e produtores avançados, Díaz-Canel referiu-se à aplicação da ciência e inovação, em um esforço conjunto com centros de pesquisa e universidades, um esforço no qual destacou o potencial dos jovens e a necessidade de treiná-los em tarefas de gestão.
«É essencial avançar nos processos de contratação da produção, no melhor uso da terra e promover a diversificação dos setores agrícolas. O objetivo não é reduzir a produção e os planos de plantio, mas fazê-lo da maneira mais eficiente possível».
Enfatizou a importância das plantas proteicas para aumentar a produção de ração animal, na produção de ração animal com recursos próprios, bem como no desenvolvimento de miniindústrias para tirar proveito de tudo o que é possível da produção agrícola.
Também deu orientações para promover o uso de productos biológicos, e atualizou a situação de dois investimentos em usinas para obter esses insumos: a de Havana deverá estar pronta no segundo semestre deste ano e a de Villa Clara em 2023.
O shefe de Estado pediu uma redução no número de intermediários entre produtores e mercados agrícolas, e para acelerar a comercialização nesta área.
No intercâmbio com produtores de destaque, o presidente da República elogiou os pontos fortes proporcionados pela nova Lei de Soberania Alimentar e Segurança Alimentar e Nutricional e as 63 medidas para estimular a produção e comercialização de produtos agrícolas, um modelo de trabalho que traça o caminho para alcançar ligações eficientes. Acrescentou que estas medidas foram aprovadas em resposta aos problemas levantados pelos representantes dos pólos de produção.
OS PÓLOS DE PRODUÇÃO POR DENTRO
Segundo o relatório apresentado no plenário, o país conta com 19 centros de produção, dedicados à produção de diversas culturas, distribuídos em dez províncias do território nacional.
Os mais fortes até agora são os das empresas agroindustriais Ceballos, Victoria de Girón, La Cuba e El Yabú, enquanto se trabalha para formalizar outros três pólos em Cienfuegos, Sancti Spíritus e Camagüey.
Estes pólos são formados por 86 unidades básicas de negócios, 54 unidades básicas de produção cooperativa, 45 cooperativas de produção agrícola e 190 cooperativas de crédito e serviços, com uma área cultivável de 151.829 hectares.
Além disso, eles têm 450 máquinas de irrigação de pivotes, com cerca de 20.000 hectares sob esta técnica de irrigação, seis indústrias e 48 miniindústrias, bem como 11 módulos de casas de culturas protegidas (estufas) para estabelecer uma área total de 68,1 hectares.
Com estas unidades de produção, através desta forma de gestão agrícola, no final de 2021, um total de 706.200 toneladas de produtos agrícolas será alcançado, 26% da produção total.
No final de abril, este indicador já era de 232.485 toneladas, 25,3% do total do país.
EXPERIÊNCIAS POSITIVAS E PREOCUPAÇÕES
Esta plenária nacional foi precedida de eventos municipais em nível de polos de produção agroindustrial, e reuniões plenárias provinciais com as cooperativas do movimento, um processo que se realizou de 10 a 18 deste mês.
Nesses intercâmbios, ficou claro que em alguns polos de produção, a integração entre os diferentes atores envolvidos foi alcançada, e os recursos disponíveis são utilizados de acordo com as estruturas de produção que compõem estas entidades.
Segundo o relatório, 4.505 hectares dos 23.900 hectares improdutivos foram recuperados, dos quais 2.300 já estão plantados; as ligações com centros científicos e universidades para diagnóstico, trabalho de extensão e generalização de boas práticas estão melhorando.
Entretanto, o elo ciência-agricultura é insuficiente, bem como a intencionalidade da semeadura para vendas internas em moeda estrangeira e exportações, o que limita a sustentabilidade e o desenvolvimento deste setor de nossa economia nacional.
Há um uso e uma conclusão limitados das tecnologias de informação e comunicação, tanto no processo agro-industrial quanto no comércio eletrônico e na comunicação institucional.
A este respeito, foi indicado que o comércio eletrônico deve ser promovido, pois gera liquidez e não há perdas ou atrasos nos pagamentos, para que o dinheiro dos produtores não permaneça nas contas a receber.
DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO
A este respeito, vários produtores apresentaram suas experiências na obtenção da sustentabilidade econômica, em meio à situação atual do país, que se deteriorou ainda mais devido ao apertado e intensificado bloqueio econômico, comercial e financeiro do governo dos EUA contra nosso país.
Arsenio González Rodríguez, diretor da Empresa Agroindustrial Victoria de Girón, em Matanzas, explicou que eles têm todos os insumos para iniciar a produção de carvão vegetal, um item exportável que traz renda para a economia nacional e, portanto, gera liquidez.
Disse que esta ação não representa o abandono da produção de cítricos, a principal linha de produção deste pólo industrial, mas é uma alternativa para gerar a moeda que garantirá a manutenção de outras produções.
Entre as linhas de trabalho estabelecidas pelo presidente da República, destacou o aumento das exportações, a vinculação de todos os produtores através de uma empresa estatal, ou em outros casos através de cooperativas e novos atores econômicos também intimamente ligados à produção.
Díaz-Canel solicitou que estas reuniões com os produtores continuassem para continuar construindo, com base em suas próprias experiências, e que alcançassem progressos em produtividade e eficiência.
Também estavam presentes na reunião os membros do Bureau Político do Partido, Salvador Valdés Mesa, vice-presidente da República, e Manuel Marrero Cruz, primeiro-ministro, bem como o Comandante do Exército Rebelde José Ramón Machado Ventura; Ydael Pérez Brito, ministro da Agricultura; Rafael Santiesteban Pozo, presidente da Associação Nacional dos Pequenos Agricultores, e outros líderes do Partido e do Governo.
ESCLARECIMENTOS DO PRESIDENTE
No encerramento da 5ª Sessão Extraordinária da Assembleia Nacional do Poder Popular em sua 9ª Legislatura, o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido apontou: «Somos chamados a treinar e mobilizar as estruturas governamentais desde o nível do município para que estejam em condições de liderar este processo produtivo com participação popular nos cenários locais e, além disso, propiciar um processo intenso que chegue a todos os produtores locais, tanto estatais, cooperativas e privados, ao empreendimento estatal e até a última fazenda, ao pólo produtivo agroindustrial, a cada projeto de desenvolvimento local, favorecendo a agro-ecologia como alternativa necessária para a produção agrícola nas circunstâncias atuais».
Também nas transformações da Estratégia Econômica e Social, orientou para levar os conceitos de integralidade, complementaridade, ciência e inovação com os quais a Covid-19 tem sido confrontada no país a outras áreas, como a produção de alimentos.







