ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
O trabalho de recuperação na área do acidente continua. Photo: Ricardo López Hevia

MATANZAS.— O trabalho continua, e é necessário continuar fazendo isso a partir de todas as disciplinas e frentes relacionadas à recuperação, diante do duro golpe causado pelo recente acidente na Zona Industrial de Matanzas.

Este foi o conceito central que deu o tom, na terça-feira, 16 de agosto, à tarde, à reunião de verificação das ações restaurativas no território afetado, que foi dirigida, a partir do Palácio da Revolução, pelo primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, bem como pelo membro do Bureau Político e secretário de Organização do Comitê Central, Roberto Morales Ojeda.

Em um dia que analisou — e o está fazendo diariamente — a situação na área afetada, e no qual múltiplas forças estão trabalhando incansavelmente, soube-se que os trabalhadores e especialistas da União Cubana do Petróleo (Cupet) estão empenhados em determinar todos os aspectos do terreno danificado pelo incêndio em grande escala.

Como parte da fase de recuperação, os acessórios dos tubos estão sendo desmontados, as árvores queimadas estão sendo removidas e o maior número possível de espaços estão sendo limpos para facilitar o trabalho futuro.

Ao mesmo tempo, estão sendo feitos esforços para melhorar as condições de descarga nas docas operacionais que ainda estão ativas na Zona Industrial, e estão sendo feitos esforços para realocar áreas que foram danificadas e que são importantes para a operação do local.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Citma), Elba Rosa Pérez Montoya, referiu-se a como o «comportamento de todos os indicadores ambientais» tem sido monitorado, como um importante grupo de amostras de plantas, solos, gramíneas e outros elementos tem sido tomado, «porque estas questões ambientais nem sempre têm um impacto no primeiro curto prazo, mas no segundo e terceiro».

Segundo ela, especialistas das universidades, centros de pesquisa e do Citma do país fizeram uma avaliação do impacto do incidente. A conclusão, disse Elba Rosa Pérez Montoya, é que «não há, até o momento, um indicador que ponha em perigo a saúde das pessoas. É uma declaração», disse, «que tem sido consultada com o ministério da Saúde Pública. O monitoramento de cada parâmetro ambiental continuará».

Por sua vez, o diretor provincial de Saúde Pública em Matanzas, dr. Luis Armando Wong, informou por videoconferência que o número de feridos pelo incêndio aumentou para 132. Nenhum outro ferimento foi tratado nos últimos dias, 18 pacientes permanecem hospitalizados (quatro relatados como críticos, cinco como graves e nove em atendimento). Até terça-feira à tarde, 112 pacientes haviam recebido alta do hospital.

O governador de Matanzas, Mario Sabines Lorenzo, compartilhou sobre a recuperação de 68 pessoas protegidas no território, que foram afetadas pelo incêndio.

Acrescentou que os recursos disponíveis para a província — entre os quais estão as recentes doações — têm como destino prioritário a ser dedicado «inteiramente para substituir os danos das famílias afetadas». O governador disse que alguns dos bens danificados já foram substituídos, e que o trabalho continuará. Também mencionou todo o apoio dado aos que trabalham nas missões de recuperação.

«Para tudo o que foi feito», explicou a primeira-secretária do Partido em Matanzas, Susely Morfa González, via videoconferência, «foi criado um grupo temporário que se reúne diariamente, no qual são dadas atualizações sobre a sequência das tarefas, seu cumprimento, e as do outro dia. Isto permitiudesenvolver 21 tarefas, todas elas diversas e convergentes no esforço de garantir que o território esteja gradualmente se recuperando».

Ao final da revisão, o presidente Díaz-Canel, referindo-se ao trabalho que deve continuar, fez alusão ao programa de recuperação das instalações danificadas e da zona industrial.

Lembrou a importância de monitorar os indicadores ambientais e falou sobre «tomar decisões à medida que o progresso é feito». Referiu-se à «atenção aos pacientes que ainda estão afetados».

Também enfatizou a importância de informar rigorosamente, e quando os especialistas considerarem necessário, sobre a busca e identificação dos desaparecidos, uma questão que, como refletiu, «é o ponto mais sensível» de toda a tarefa.