
«Temos um trabalho difícil pela frente, que envolve enfrentar os complexos problemas que a economia cubana está passando, mas estamos convencidos de que teremos um ano melhor, com o apoio do povo», disse Alejandro Gil Fernández, vice-primeiro ministro e titular da Economia e Planejamento, quando apresentou à Assembleia Nacional do Poder Popular o Plano para a economia para 2023.
Anunciou que, para o próximo ano, é esperado um crescimento mínimo de 3% do Produto Interno Bruto (a preços constantes), com base na reativação das atividades produtivas nacionais e maiores ganhos cambiais das exportações.
Garantiu que existem condições para alcançar os objetivos propostos e que 2023 será um ano melhor, que se baseia no controle que Cuba alcançou sobre a Covid-19, nos resultados positivos das recentes viagens internacionais da liderança do país e no crescente interesse dos empresários estrangeiros, apesar da intensificação do bloqueio dos EUA.
No primeiro dia do 10º período ordinário de sessões da Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento), em sua 9ª legislatura, os deputados também ouviram a Lei do Orçamento do Estado para o próximo ano, que tem como premissa fundamental a necessária redução do déficit fiscal, a contenção da inflação e o apoio ao princípio da justiça social, que se traduz no financiamento dos serviços básicos nos setores sociais.
Outros tópicos de interesse analisados pelos parlamentares foram a recuperação do território de Pinar del Río após a passagem do furacão Ian; a situação do Sistema Nacional de Eletroenergia (SEN); o cumprimento da Lei nº 148 sobre Soberania Alimentar, Segurança Alimentar e Nutricional; o progresso da melhoria do comércio varejista da subordinação local e o cumprimento do cronograma legislativo.
Também foi tomada a decisão de adiar a análise do projeto de lei de Comunicação Social para uma futura sessão desta Assembleia, tendo em vista os pareceres recebidos dos deputados e o pouco tempo disponível para sua consulta e aprovação.
A agenda de hoje, 13 de dezembro, inclui a apresentação de medidas destinadas a combater a criminalidade, a corrupção, as ilegalidades e a indisciplina social, bem como informações sobre a situação demográfica do país, ambas pelo primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz.
Da mesma forma, a prestação de contas de várias entidades acontecerá: o Conselho de Estado, o ministério das Comunicações e o Gabinete da Controladoria Geral da República.
Também serão examinados o projeto de Lei da Controladoria Geral da República de Cuba e o Sistema de Controle Superior de Fundos Públicos e Gestão Administrativa; a Lei de Expropriação por Motivos de Utilidade Pública ou Interesse Social; a Lei da Procuradoria Geral da República; e a Lei de Promoção e Desenvolvimento da Pecuária.