ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA

O primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, liderou a abertura, na segunda-feira, 27 de fevereiro, da 23ª Feira do Festival Habano, em um contexto de crescimento das vendas de charuto cubano no mundo.

No Palácio das Convenções — local da feira, da qual participam mais de 2.000 pessoas de 110 nações, incluindo 250 expositores — o chefe de Estado percorreu diversas áreas onde se encontram artesãos e fornecedores da Ilha em 59 estandes, com uma oferta variada em áreas como artesanato, produção cultural e musical, moda, turismo, gastronomia e, é claro, tudo relacionado a charutos.

Rodrigo Malmierca, ministro do Comércio Exterior e o Investimento, explicou que existem 70 estandes com fabricantes e fornecedores da Itália, Hungria, Espanha, Panamá, México, Costa Rica, Canadá, Equador e China.

Em entrevista coletiva, Jorge Pérez Martel, vice-presidente comercial da empresa Habanos S.A., patrocinadora do Festival, disse que o faturamento da empresa no ano passado foi de 545 milhões de dólares, o que representou um crescimento de 2% em relação ao ano anterior.

Ressaltou que o fornecimento de matéria-prima para a indústria do fumo cubana não deve ser afetado, apesar das perdas causadas pelo furacão Ian no oeste da Ilha.

Entretanto, disse que é um enorme desafio enfrentar os obstáculos do criminoso bloqueio econômico, comercial e financeiro do governo dos Estados Unidos contra Cuba neste setor, pois complica tudo o que tem a ver com logística, insumos agrícolas e operações bancárias, entre outros aspectos.

No mesmo espaço, José María López Inchaurbe, vice-presidente para o Desenvolvimento, destacou que a Europa continua liderando as vendas da Habanos, comprando 54%, Ásia-Pacífico 19%, Américas (incluindo Cuba) 15%, e África e Oriente Médio 12%.

Por país, os principais mercados consumidores são Espanha, França, Alemanha, China e Suíça, nessa ordem.