«Os ministérios da Educação (Mined) e o da Educação Superior (MES) precisam fortalecer as relações, já que em Cuba há apenas um sistema educacional», disse Manuel Marrero Cruz, membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido e primeiro-ministro, na reunião anual de trabalho dos dois órgãos, realizada neste fim de semana na capital.
Na presença de Jorge Luis Broche Lorenzo, membro do secretariado do Comitê Central do Partido e chefe do Departamento de Atenção ao Setor Social, e de Jorge Luis Perdomo Di-Lella, vice-primeiro-ministro, Marrero Cruz enfatizou que em todos os setores temos que aplicar métodos diferentes, pois continuar estendendo aqueles que em 2022 não produziram resultados seria um erro.
Acrescentou que, em vez de pensar na intensificação do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos EUA à Ilha, «devemos nos concentrar em ver como podemos eliminar nossas próprias insuficiências, limitações e obstáculos, a fim de buscar soluções alternativas».
Enfatizou que os dois ministérios devem trabalhar com maior consolidação, unidade e complementaridade, sob o princípio de que ambos fazem parte de um processo de conquista da Revolução.
O chefe de Governo destacou que a Educação Geral é essencial, sem ela não há Educação Superior, e seria quase impossível pensar em um sistema de gestão baseado na ciência e na inovação para o desenvolvimento de nosso país.
Insistiu na necessidade de fortalecer ainda mais o trabalho educacional e político-ideológico nas instituições educacionais e de formar cidadãos nos quais destaquem os valores do patriotismo, da solidariedade, do internacionalismo e da defesa da verdade da Revolução.
O primeiro-ministro pediu a generalização de novas formas de trabalho e da plataforma de aprendizado, uma análise crítica dos métodos de ensino em todos os níveis, além de definir para onde a educação está indo e não se apegar aos métodos tradicionais.
Refletiu sobre a importância de continuar inovando na criação de métodos atraentes para o ensino da história cubana, do marxismo-leninismo, do hábito da leitura e da educação para a cidadania.
Também enfatizou a necessidade de elevar a qualidade da educação, de modo a garantir que os alunos estejam equipados com o conhecimento necessário para acessar o ensino superior.
Com relação a este último, disse que é preciso dar atenção individual aos alunos para garantir que eles permaneçam nos estudos universitários, além de promover, juntamente com as organizações nos territórios, ações para fortalecer o método de trabalho-estudo na preparação das novas gerações.
Marrero Cruz exigiu que novas oportunidades de estudo sejam oferecidas aos jovens que não conseguem passar nos diferentes cursos, para que possam atingir um nível que lhes permita ter acesso a um emprego e se integrar à sociedade.
Especificou que ambos os ministérios devem garantir atenção aos Institutos Vocacionais Pré-Universitários de Ciências Exatas e promover o interesse pelo estudo de carreiras científicas básicas.
Também destacou a conveniência de consolidar o movimento de estudantes com alto desempenho e a reserva científica no MES.
O primeiro-ministro afirmou que uma das principais tarefas é continuarincorporando os jovens que foram desconectados do estudo e do trabalho, bem como promover a formação de mão de obra qualificada, treinamento vocacional e orientação profissional a partir da educação anterior, de acordo com as exigências da economia nacional.
Walter Baluja García, ministro da Educação Superior, disse que outra prioridade será promover relações interinstitucionais e trabalhar com intenção no processo de colocação profissional, levando em conta as necessidades dos territórios e suas estratégias de desenvolvimento local.
Disse que um dos desafios para este ano deve ser lidar com o declínio no número de professores.
Também destacou que é essencial incorporar os graduados em educação a distância aos estudos de pós-graduação.
Naima Trujillo Barreto, ministra da Educação, disse que sua organização se concentraria em promover a participação dos alunos no trabalho de impacto social, na formação de doutores, na luta contra a colonização cultural, na qualidade do aprendizado e no processo dos exames vestibulares.
Também comentou que, para o novo período, trabalharão na conclusão da cobertura de ensino, na qualidade do processo educacional e no treinamento trabalhista e produtivo dos alunos.
Disse que esperam um aumento nas capacidades das creches e a criação de novas casas para crianças, além do conserto do mobiliário escolar e da base de material de estudo.
No final da reunião de trabalho, o chefe de Governo elogiou o trabalho dos ministros que estão deixando o cargo, Ena Elsa Velázquez Cobiella, que liderou a educação geral por 15 anos, e José Ramón Saborido Loidi, que serviu por sete anos. Ambos assumiram seus cargos com comprometimento e dedicação e obtiveram resultados durante seus mandatos.
