ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Foto: Twitter de Bruno Rodríguez Parrilla

«As alegações do secretário de Estado dos EUA sobre a presença de uma base de espionagem chinesa em Cuba constituem uma falsidade», disse em 12 de junho o membro do Bureau Político do Partido e ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla.

Em uma declaração citada pelo site do ministério das Relações Exteriores, Rodríguez Parrilla enfatizou que «a posição de Cuba sobre essa questão é clara e categórica. Essas declarações são infundadas».

Explicou que o objetivo é servir de pretexto para manter o bloqueio econômico contra Cuba e as medidas de pressão máxima que o reforçaram nos últimos anos, e que são alvo de crescente rejeição internacional e também dentro dos Estados Unidos, «o que inclui a exigência de retirar Cuba da lista arbitrária de Estados patrocinadores do terrorismo», afirmou.

O secretário de Estado, Antony Blinken, disse em 12 de junho, em uma entrevista coletiva em Washington com o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, que seu governo tem uma estratégia para combater a espionagem chinesa em Cuba e em outros países, e que está produzindo bons resultados.

No dia 8 de junho, o The Wall Street Journal publicou que a China e Cuba haviam concordado em construir um grande centro de espionagem na Ilha, o que foi categoricamente negado e desmentido tanto pelo lado cubano quanto pelo chinês, e o próprio governo dos EUA descreveu a informação como imprecisa.

«Cuba não é uma ameaça para os Estados Unidos ou para qualquer outro país. Os Estados Unidos aplicam uma política que, diariamente, ameaça e pune a população cubana como um todo. Os Estados Unidos impuseram e têm dezenas de bases militares em nossa região, e também mantêm, contra a vontade do povo cubano, uma base militar no território que ocupam ilegalmente na província de Guantánamo», disse o ministro das Relações Exteriores.

Bruno Rodriguez denunciou que «estamos diante de uma nova operação de desinformação, como muitas outras que foram geradas nos Estados Unidos, em sua longa história de hostilidade contra nosso país».