
Como parte da guerra midiática contra nosso país e do esforço para apresentar Cuba como um Estado falido, os inimigos da Revolução recentemente concentraram suas armas contra o ministério do Interior (Minint) e, acima de tudo, contra a Polícia Nacional Revolucionária (PNR).
Apoiados por pessoas que, de maneira irresponsável e inescrupulosa, usam as redes sociais para divulgar notícias falsas e informações não verificadas, os inimigos habituais tentam semear o pânico entre a população e minar uma das grandes conquistas de nosso sistema: a tranquilidade de nossos cidadãos.
Os exemplos são abundantes no tipo de mundo paralelo que é a Internet de hoje.
Há o caso do suposto assalto à mão armada em um ônibus da rota 436, em Havana, na noite de 11 de maio, por quatro homens encapuzados que supostamente levaram os telefones celulares de todos os passageiros.
Houve também o assalto com armas no hospital pediátrico em Güines, Mayabeque, para roubar celulares e roupas das pessoas, e o sequestro de uma criança na capital do país para exigir uma recompensa de seus pais.
«Nenhum desses fatos é verdadeiro», disse o coronel Hugo Morales Karell, chefe da Brigada de Patrulhas da Direção Geral da Polícia Nacional Revolucionária (PNR), no programa de televisão Hacemos Cuba.
«Nem a PNR está recuando, nem a impunidade prevalece diante do crime». Foi o que afirmou o oficial, confirmando o que já havia sido advertido em um editorial publicado em nosso jornal, há poucos dias, com a manchete a «A guarda revolucionária jamais será neglicenciada».
No dito artido, foi especificado que os eventos violentos que ocorreram e que são flagrantemente ampliados ou manipulados por sites inimigos constituem apenas 8,5% do número total de crimes registrados até agora neste ano, e 60% dos autores foram presos e acusados.
Enquanto isso, nos casos em que foram usadas armas de fogo, a taxa de esclarecimento é superior a 90%.
O coronel Raúl Cano López, segundo no comando da Direção Geral de Investigação Criminal, explicou que esses incidentes, devido à sua natureza, recebem mais atenção e que, naqueles em que a vida de uma pessoa é privada, a taxa de esclarecimento é de 98%.
«Em outras palavras, é ainda maior do que os 90% alcançados quando são usadas armas de fogo», disse.
Com relação aos 2% restantes, correspondentes a crimes não resolvidos, Cano afirmou que continuam sendo investigados permanentemente, porque têm a característica de não estarem sujeitos à prescrição.
«Eles permanecem na mesa dos membros do ministério do Interior, da sede, e sua continuidade investigativa é permanente, e não cessa até que uma resposta seja dada às famílias dessas vítimas», acrescentou.
O programa de televisão reiterou várias ideias que já haviam sido expostas no recente editorial do jornal Granma.
A primeira delas foi que a segurança do cidadão é uma conquista da Revolução Cubana que será defendida a qualquer custo necessário.
Além disso, não há passividade ou impunidade diante das ações criminosas e, ao contrário das matrizes de opinião que se tentam estabelecer por meio das plataformas digitais, os eventos violentos ocorridos e ampliados ou manipulados constituem uma pequena parte dos crimes registrados.
A prova mais eloquente do rigor com que são combatidos é o fato de a maioria dos autores ter sido presa.
O TRABALHO DAS FORÇAS E O DEVER DE INFORMAR
Os representantes do ministério do Interior convidados para o programa de televisão explicaram o procedimento seguido quando são recebidas informações sobre a ocorrência de um ato criminoso, bem como as ações tomadas para prevenir e confrontar atividades inimigas e fenômenos prejudiciais que possam colocar em risco a paz e a segurança dos cidadãos.
A esse respeito, Morales Karell explicou que a PNR geralmente é a primeira a chegar ao local e, depois de verificar a existência real do evento, orienta as vítimas sobre como preservar o local, ao mesmo tempo em que estabelece comunicações com o restante dos sistemas que trabalham no confronto.
Para manter a segurança e a ordem interna do país, disse que estão se concentrando em várias áreas:
- fortalecer o sistema de prevenção, confronto e controle;
- neutralizar o potencial de crime, especialmente aquele ligado a eventos prioritários;
- fortalecimento do sistema de vigilância e patrulhamento;
- trabalho em pontos de estradas e rodovias em todo o país;
- e a aliança com todos os fatores comunitários e a população no controle de pessoas propensas a cometer atos criminosos.
Cano López insistiu, por outro lado, na aproximação que a população deve ter com as autoridades e na importância da denúncia, pois ficou demonstrado, com base nas experiências das investigações, que não há um único fato com resposta de esclarecimento em cujo processo a população não tenha intervindo com uma contribuição essencial.
Enfatizou que, nas fases investigativa, processual e pública, também há elementos e formas de manter a proteção das pessoas que participam.
Os especialistas acrescentaram que, se a população não fizer uma denúncia, isso limita a ação para desvendar as cadeias criminosas. Se você for roubado e não fizer a denúncia porque acha que não haverá resposta, estará privando os órgãos de segurança pública de conhecer melhor os autores desses crimes.
Quanto a esse assunto, o coronel Manuel Valdés Brito, chefe da unidade de confronto do Depaertamento Técnico de Investigações (DTI), enfatizou que é um princípio ético preservar a identidade dos indivíduos e protegê-los, mesmo com garantias perante a lei, quando eles fornecem informações úteis ao processo investigativo.
Em geral, os especialistas enfatizaram que também há espaços nas comunidades, em coordenação com os fatores, para relatar os resultados das investigações e eventos importantes.
PREPARAÇÃO PARA NOVAS ESTRATÉGIAS CRIMINOSAS
Os policiais consideraram a participação popular indispensável para o enfrentamento e a prevenção do crime, embora também tenham destacado a importância da preparação das forças policiais diante de novos métodos operacionais criminosos.
«Temos o conhecimento científico, a preparação, a dedicação e o incentivo à criatividade na pesquisa. A criminalística tem um papel decisivo nos resultados baseados na ciência», disse Cano López.
Por outro lado, Valdés Brito, a partir de sua experiência no DTI, destacou que no período há quase o dobro de pessoas processadas por crimes cometidos, um número que cresceu como resultado das investigações.
Explicou que os órgãos do ministério estão trabalhando em sintonia para evitar a concentração de atos criminosos e para garantir que não fiquem impunes, pois não pode haver impunidade.
«Há uma investigaçãoe acompanhamento das necessidades da população», argumentou, «embora também seja possível que os resultados nem sempre sejam alcançados».
MANTER A SEGURANÇA DO CIDADÃO É UMA MISSÃO COLETIVA
Durante a transmissão do programa Hacemos Cuba, os coronéis também abordaram a questão da segurança cidadã no país, onde as crianças podem ir à escola sem usar coletes à prova de balas ou mochilas protetoras.
«Não se pode falar de insegurançaem um país onde um menino pode brincar em um parque sem medo de ser sequestrado ou onde não é preciso esconder uma criança para protegê-la de um tiroteio no meio de uma área residencial, independentemente do fato de que possa haver um comportamento criminoso isolado», observou o coronel Morales Karell.
Por essa razão, Valdés Brito exortou a manter a confiança no trabalho que está sendo realizado, ao mesmo tempo em que ratificou a unidade com o povo, o Partido e a força mais revolucionária, que tem um papel importante nessa luta contra o crime, em conjunto com o ministério do Interior.
O programa foi encerrado com a mensagem de que a polícia cubana esteve e estará ao lado do povo nos momentos mais difíceis, sempre sob a premissa estabelecida pelo Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz no 40º aniversário da fundação da PNR: «Nossa polícia tem que ser a melhor polícia do mundo, a mais organizada, a mais preparada e também a mais humana».