
Em um ambiente fraterno e descontraído, o primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello Rondón, trocou opiniões com dirigentes e funcionários do Partido Comunista de Cuba, da União dos Jovens Comunistas e de várias organizações de massas e estudantis, na tarde de quarta-feira, 9 de agosto, tendo como anfitrião o membro do Bureau Político e secretário de Organização, Roberto Morales Ojeda, na sede do Comitê Central.
Acompanhado por uma distinta delegação, Diosdado Cabello honrou um convite especial do general-de-exército Raúl Castro Ruz, do qual deu detalhes aos presentes, com a alma cheia por ter iniciado seu programa em Cuba com a homenagem em Santa Ifigênia ao Comandante-em-chefe, um momento que, confessou, lhe deu força.
Consciente de que suas palavras tinham interlocutores familiarizados com suas experiências, referiu-se às constantes manipulações que a Revolução Bolivariana está sofrendo e, portanto, identificou os «inimigos comuns, a história comum e as vitórias comuns que nos caracterizam como povos».
Também atualizou o público sobre a realidade política de seu país e fez um relato do papel do PSUV nesse caminho de desafios, mas, acima de tudo, do novo escopo da liderança do Partido e da credibilidade de seus seguidores.
«Fomos submetidos a uma guerra impiedosa, e o presidente Nicolás Maduro organizou a estratégia para ter a capacidade de responder, como demonstramos. As mulheres e os jovens do PSUV têm desempenhado um papel essencial nisso, em um processo de constante acréscimo, assim como estamos sendo enérgicos contra os métodos burocráticos e qualquer manifestação de corrupção», disse.
Em sua descrição do cenário, Cabello não ignorou a natureza mesquinha da oposição, que está fragmentada e não tem força moral, ao mesmo tempo em que foi categórico ao prever que «o inimigo não vai descansar e, no dia em que isso acontecer, devemos estar fazendo algo errado».
Relembrando o legado de Fidel e Chávez, insistiu na relevância de sermos pregadores de seus exemplos, porque tivemos o privilégio de viver o tempo deles, e essa memória não pode ser roubada de nós por manipuladores.
Roberto Morales Ojeda, marcado pela emoção do momento, agradeceu o intercâmbio franco entre irmãos e foi enfático ao expressar que Cuba mantém seu apoio à Revolução Bolivariana, ao presidente Maduro, à união civil-militar e ao seu povo. Também expressou sua gratidão pela solidariedade que seu país mantém com o nosso.
Na parte da manhã, a Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel fez parte da agenda de Morales Ojeda, juntamente com Diosdado Cabello. A visita incluiu paradas no Terminal de Contêineres, na Cervejaria Parranda, no Mirador e na Industrial Biotecnológica CIGB Mariel S.A., a primeira indústria de alta tecnologia estabelecida na Zona, onde a delegação venezuelana pôde conhecer o processo de fabricação de dois produtos reconhecidos internacionalmente: a vacina anti-COVID-19 Abdala e o Heberprot P-Plus, um tratamento para úlceras graves de pé diabético.
Mais tarde, a delegação do PSUV realizou uma reunião no Colégio do Partido Ñico López, onde foi recebida pela reitora da instituição, Rosario Pentón, e por uma representação do corpo docente. Lá eles conversaram sobre a responsabilidade que assumem na formação de líderes do Partido.