ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Nuria Barbosa León

O vice-primeiro-ministro e ministro de Comércio Exterior e Investimentos Estrangeiros, Ricardo Cabrisas Ruiz, afirmou que Cuba demonstrou total disposição para dialogar com seus credores.

Em uma reunião realizada em Havana com William Roos, copresidente do Clube de Paris; Fabien Bertho, secretário dessa instituição financeira, e representantes do grupo Ad Hoc dos países credores de Cuba, Cabrisas explicou a complexa situação econômica que nosso país atravessa, causada pelo criminoso bloqueio dos Estados Unidos, pela inclusão na lista unilateral e ilegítima de supostos Estados patrocinadores do terrorismo e pela plena ativação da Lei Helms Burton.

Soma-se a isso a incerteza na recuperação da economia mundial, com o aumento dos preços dos alimentos e das matérias-primas, e os custos associados à logística internacional, com um impacto particular em uma nação como Cuba, com uma economia aberta altamente dependente do comércio exterior.

«Cuba estruturou uma estratégia para lidar com as complexidades atuais, com o objetivo de recuperar gradualmente a economia. O governo cubano implementou medidas, mas seu cumprimento foi retardado pelo agravamento do impacto negativo de uma série de fatores», disse Cabrisas Ruiz.

Também reiterou a disposição do governo de honrar os compromissos assumidos para o pagamento da dívida, «sempre em condições que sejam realmente viáveis para o lado cubano», e pediu compreensão e flexibilidade aos credores para chegar a acordos em bases objetivas.

Por sua vez, William Roos afirmou que entende perfeitamente a complexa situação que Cuba está vivendo em 2023, que é muito semelhante à dos anos anteriores, quando houve diálogo com os credores.

O grupo que ele representa é um espaço de negociação entre nações credoras e devedoras, criado em 1965, com o objetivo de renegociar, de forma coordenada e conjunta, as dívidas externas dos Estados.

Sua visita avaliará a situação em Cuba a fim de honrar seus compromissos e visitará o Instituto de Finlay de Vacinas (IFV) e a oficina ferroviária de Luyanó, para conhecer os projetos de atualização tecnológica na produção de vacinas e a modernização das oficinas ferroviárias.