ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Apenas 5% das faltas foram relacionadas a paradas nas usinas de produção, devido a quebras ou manutenção Photo: Dunia Álvarez Palacios

«A indisponibilidade de matérias-primas e insumos necessários para a produção é responsável por 95% da escassez de medicamentos neste ano, enquanto os 5% restantes foram relacionados a paradas nas fábricas, devido a quebras ou manutenção», disse Eduardo Martínez Díaz, presidente do grupo empresarial BioCubafarma.

No caso do financiamento de matérias-primas, ressaltou que, embora tenhamos o dinheiro, há problemas para pagar os fornecedores, devido à recusa dos bancos em trabalhar com Cuba, por causa do bloqueio, uma política unilateral dos EUA que também teve um impacto em alguns fornecedores que pararam de fornecer, e um déficit mundial de matérias-primas e materiais farmacêuticos.

«Uma das coisas que nosso inimigo faz é impedir a entrada de moeda estrangeira no país. Para nós, essa é uma das prioridades de nosso trabalho diário, porque se não tivermos essa renda, não poderemos comprar matérias-primas, nossas usinas não poderão produzir e nossos trabalhadores não terão renda. Por essa razão, temos de buscar alternativas permanentes», disse Martínez Díaz.

Atualmente, dos mais de 1.000 medicamentos produzidos pela BioCubaFarma, cerca de 795 são destinados ao sistema nacional de saúde e 383 estão incluídos na lista básica das farmácias cubanas.

Com 122 linhas de produção, o grupo está orientado para o desenvolvimento, com 11 linhas recapitalizadas e 19 novas linhas nos últimos cinco anos.

Entre os 391 projetos de pesquisa atualmente em andamento, também estão sendo feitos progressos na melhoria da formulação de produtos como o Heberprot, formulações contra doenças neurodegenerativas e uma vacina candidata contra a dengue.