O primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, pediu um maior fortalecimento das relações interpartidárias, «que são o principal suporte das relações políticas, diplomáticas e econômico-comerciais», ao receber, no Palácio da Revolução, o secretário do Bureau Político das Relações Internacionais do MPLA, Manuel Domingos Augusto.
No encontro, que teve lugar em 12 de dezemro, o presidente salientou que, «em tempos tão complexos como os que vivemos, em que temos de enfrentar desafios comuns, é muito importante partilhar tudo o que tem a ver com o funcionamento dos nossos partidos, atividade político-ideológica e posições sobre questões globais, o que nos permite enriquecer o trabalho de ambos os partidos».
Acompanhado na reunião pelo membro do Bureau Político e secretário de Organização do Comitê Central, Roberto Morales Ojeda, e pelo chefe do Departamento das Relações Internacionais, Emilio Lozada García, o chefe de Estado cubano destacou a importância dessa visita.
O evento acontece «no final de um ano em que as relações entre Cuba e Angola foram intensificadas e projetadas para um nível diferente. Tivemos trocas muito intensas de delegações entre os dois países», disse Díaz-Canel, de acordo com o site da Presidência.
Referiu-se à sua visita a Angola, em agosto passado, e à participação do presidente João Lourenço na Cúpula do G-77 e da China em Havana, em setembro passado, quando o presidente angolano fez uma visita oficial à Ilha.
«Temos continuado promovendo as relações, sobretudo na esfera econômica e comercial, porque na esfera política e diplomática os laços são excelentes», disse.
Manuel Domingos Augusto sublinhou que «o MPLA e o PCC, como forças dirigentes da sociedade, têm um papel específico a desempenhar, sobretudo devem constituir a base de apoio às relações entre os dois governos e Estados».
Depois de transmitir uma saudação especial do presidente Lourenço ao líder cubano, Domingos Augusto referiu-se à Cúpula do G-77 e da China – convocada por Cuba no âmbito da Cop28 – «que foi um acontecimento histórico, porque nunca houve esse tipo de acordo em nível do Grupo; portanto, é uma vitória diplomática para Cuba».
Durante sua estada na Ilha, o líder angolano reuniu-se com importantes autoridades políticas e também assinou um Acordo de Intercâmbio e Cooperação entre o PCC e o MPLA, que possibilitará o fortalecimento de áreas como a formação e o treinamento de quadros e a cooperação bilateral na esfera econômica, segundo a ACN.







