O maior tesouro que Cuba tem é a inteligência de seus filhos. Essa verdade, que pode ser comprovada a cada passo, veio à tona em dois cenários do Grupo Empresarial BioCubaFarma, visitado em 14 de dezembro pelo presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez.
Na Unidade Básica de Negócios dos Laboratórios Liorad – parte da empresa AICA Laboratórios – e na Empresa de Tecnologia da Informação (ETI), o chefe de Estado recebeu informações detalhadas sobre coletivos cujo sinal distintivo é a criação.
A diretora da Liorad, Yisel Martínez González, explicou que eles são responsáveis pela fabricação de todos os anestésicos odontológicos usados pelo sistema de saúde do país, bem como por outro grupo de produtos que agora virão da nova linha que acaba de ser lançada. Isso oferece a possibilidade de aumentar a capacidade de produção e elevar os padrões de qualidade.
Antonio Emilio Vallín García, director-geral da AICA, disse que a Liorad «era a infraestrutura mais antiga que tínhamos na empresa». Lembrou que, em 2019, começou «um processo de remodelação completa»; e aludiu a um grande processo de investimento em 2020, que não parou, apesar da Covid-19, por meio do qual todos os sistemas de engenharia foram recapitalizados, e o coração do laboratório, que é a linha de envase, foi alterado.
«É por isso que hoje estamos produzindo todos os anestésicos odontológicos, outros 15 sortimentos, e até agora produzimos 1,4 milhão de unidades físicas. Poderiam ter sido 3,7 milhões, mas devido à falta de matérias-primas isso não foi possível», disse.
A Liorad, de acordo com Vallín, tem potencial não apenas para fabricar produtos genéricos, mas também para prestar serviços na fabricação de vacinas.
Quando Díaz-Canel perguntou sobre o nível da nova linha, Vallín respondeu que era «muito alto», em termos de automação, controle e supervisão. Em outro ponto, não deixou de mencionar a mistura de gerações, entre os trabalhadores que estão lá há décadas e os jovens que estão chegando.
AS IDEIAS FLORESCEM
Na ETI, Raúl de la Nuez Morales, seu director-geral, ilustrou como o pensamento criativo flui: «As ideias estão sobre a mesa, não há uma cadeira mais alta do que outra, as ideias florescem».
Nascida em 2013, disse que «a empresa teve que se diversificar devido ao crescimento da BioCubaFarma. Os problemas foram identificados e resolvidos com ideias desenvolvidas por nossa jovem equipe. Da necessidade nasceu, por exemplo, a divisão de segurança cibernética e muitas soluções para o setor empresarial», argumentou ele, de acordo com o site da presidência.
Explicou como o centro reduziu os custos para a BioCubaFarma, com base em alianças com outras entidades; como eles ganharam em inovação e gerenciamento de processos; em soluções de informática; certificação de capital humano e uso de talentos de universidades e jovens.
Acompanhado pelo membro do secretariado e chefe do Departamento de atenção ao setor social do Comitê Central do Partido, Jorge Luis Broche Lorenzo, bem como pelo vice-primeiro-ministro Jorge Luis Perdomo Di-Lella e pelo presidente do Grupo Empresarial BioCubaFarma, Eduardo Martínez, Díaz-Canel avaliou que um lugar como o ETI é a prova de que a empresa estatal socialista pode ser eficiente e que os jovens podem se realizar criativamente por meio de um projeto de vida.
