
Cuba planeja instalar, até 2028, 92 parques solares fotovoltaicos com capacidade para gerar 2.000 megawatts (MW) de energia (mais de 20 MW cada um) e, para isso, estão sendo realizados os trabalhos de terraplenagem nos locais escolhidos e garantidos os recursos para sua montagem e finalização, uma vez que cheguem ao país.
Isso foi anunciado em uma entrevista coletiva, em 13 de março, pelo ministro de Energia e Mineração (Minem), Vicente de la O Levy, que disse que os contratos para a geração de energia a partir de fontes renováveis foram assinados e estão em andamento, o que permitirá que a Ilha se recupere de seu atraso para alcançar 24% de penetração dessas tecnologias na Ilha maior das Antilhas, antes de 2030.
Disse que esse caminho possibilitará avançar rumo à soberania, o que significará deixar de importar 750.000 toneladas de combustível.
«Optamos por superar a crise com nossos próprios recursos, apesar da situação energética que o país enfrenta», disse o ministro. E explicou que se concentraram em buscar a independência das importações de combustível, consumindo petróleo bruto e gás nacionais e complementando esse esforço com o uso de energias renováveis.
Reconheceu que esses meses foram muito ruins na Ilha devido à falta de combustível, embora o resultado da manutenção realizada pela União Elétrica para restaurar o estado técnico das usinas térmicas (CTEs) tenha permitido reduzir o número de avarias.
«Isso possibilitou que, nos últimos quatro meses de 2023, a disponibilidade de geração térmica e gás fosse maior do que o planejado», disse.
Mesmo nessas condições, a estratégia é não abrir mão das ações de conservação planejadas porque, caso contrário, «quando tivermos combustível, não teremos energia termoelétrica».