ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Jorge

O firme rechaço ao comportamento de ingerência e às mensagens caluniosas do governo estadunidense e de sua embaixada em Cuba, em relação a assuntos internos da realidade nacional, foi levado ao conhecimento do encarregado de negócios dessa legação, Benjamin Ziff.

Convocado ao ministério das Relações Exteriores (Minrex) pelo vice-ministro Carlos Fernández de Cossío, Zuff recebeu uma nota formal de protesto. Ele foi lembrado dos padrões mínimos de decência e honestidade esperados de uma missão diplomática em qualquer país, os quais a embaixada dos EUA em Cuba demonstrou ser incapaz de observar, de acordo com um comunicado publicado pelo ministério das Relações Exteriores de Cuba.

O comunicado também enfatizou que o escritório diplomático dos EUA e sua equipe são obrigados a se comportar de acordo com as normas da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

A publicação do Minrex explicou que, na reunião, também se chamou a atenção para a responsabilidade direta do governo dos Estados Unidos pela difícil situação econômica que Cuba atravessa e, especificamente, pelas carências e dificuldades que a população enfrenta diariamente, com a depressão e a insuficiência de suprimentos e serviços essenciais, sob o peso e o impacto do bloqueio econômico destinado a destruir a capacidade econômica do país.

Também repudiou a ostensiva determinação do governo norte-americano de limitar e obstruir todos os esforços do Estado cubano para encontrar soluções e dar respostas às necessidades econômicas e sociais do país.

Mais uma vez, Cuba denunciou o plano desestabilizador e sua execução; o reforço de uma guerra econômica implacável para provocar e explorar a irritação natural da população; e a forma como tudo isso é financiado, a cada ano, com dezenas de milhões de dólares do orçamento federal dos Estados Unidos.

A poderosa infraestrutura tecnológica desse país para explorar as redes digitais com fins agressivos, a cumplicidade dos principais meios de comunicação dos EUA e da imprensa internacional e o apoio mercenário de pessoas baseadas principalmente no sul da Flórida foram denunciados pelo ministério das Relações Exteriores de Cuba.

«Se o governo dos Estados Unidos tivesse uma preocupação mínima e honesta com o bem-estar da população cubana, retiraria Cuba da lista arbitrária de Estados que supostamente patrocinam o terrorismo; acabaria com a perseguição aos suprimentos de combustível que o país precisa importar; acabaria com a perseguição grosseira aos programas de cooperação médica de Cuba no mundo; pararia de intimidar empresários, visitantes, artistas e qualquer outra pessoa em Cuba; pararia de perseguir todas as transações financeiras cubanas no mundo; pararia de intimidar empresários, visitantes, artistas e qualquer outra pessoa que sinta que tem o interesse e o direito de interagir com o povo cubano», diz o comunicado.