ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
É preciso encontrar soluções eficazes para apoiar os agricultores. Foto: Jose M. Correa

Para analisar como garantir maior controle e eficiência na produção de alimentos, foi realizada, em 17 de abril, a reunião de trabalho da Comissão Agroalimentar do Parlamento, sobre a implementação da Lei 148/2022 de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, e o acordo que estabelece a supervisão máxima do ministério da Agricultura (Minag).

No Capitólio Nacional, Esteban Lazo Hernández, membro do Bureau Político e presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP), enfatizou a importância de se ter um conhecimento detalhado da terra e de sua situação para garantir a soberania alimentar, e reconheceu a oportunidade do exercício de controle, uso e legalidade da terra realizado pelo Minag este ano.

Lazo ressaltou a importância de trabalhar em conjunto para superar os desafios e atingir os objetivos propostos em termos de segurança alimentar e nutricional, bem como o esforço para alcançar uma oportunidade real de desenvolvimento no setor agrícola.

Em um contexto de desigualdade de renda, Lazo Hernández destacou que é essencial analisar e compreender as causas subjacentes desse problema, a fim de buscar soluções eficazes para apoiar os agricultores e garantir a sustentabilidade da produção agrícola.

Alexis Rodríguez Pérez, diretor-geral de Economia e Desenvolvimento Agrícola, do ministério da Agricultura e Pecuária, enfatizou que a principal maneira de reverter as dificuldades está no projeto de um sistema de financiamento com a capacidade de reutilizar grande parte dos recursos usados na agricultura para reabastecê-la.

«O esquema proposto», disse, «tem o potencial de proporcionar um retorno de 70% do que foi investido no mel, além de aliviar a pesada conta para a Ilha das importações de arroz e feijão, entre outros benefícios».

Rodríguez Pérez informou sobre as negociações, ainda em andamento, para estabelecer quatro contratos de colaboração internacional sobre arroz, com países como China, Irã e Vietnã, e outros relacionados ao programa de cítricos.

«Temos uma reputação ruim, o que estamos produzindo não é suficiente para cumprir os compromissos acordados», disse. E assim definiu uma razão para a desconfiança e a retirada dos investidores estrangeiros. Ao final do debate, o presidente da ANPP disse que compartilharia seus planos com a população para envolvê-la na solução de seus próprios problemas, mobilizar mais pessoas para o campo, recuperar as terras desperdiçadas na indústria açucareira e semear as áreas abandonadas com goiaba anã.

Também pediu para liderar com a consciência e a urgência de estar em uma economia de guerra. Apesar dos enormes desafios do presente, Lazo garantiu: «sem vocês, não venceremos a guerra, mas nós a venceremos».