ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Nuria Barbosa León

O nobre trabalho de um grupo de ativistas solidários dos Estados Unidos levou a Cuba uma doação de medicamentos especializados para tratar o câncer no hospital pediátrico Juan Manuel Márquez, em Havana, e no hospital José Luis Miranda, em Santa Clara, conforme anunciado na segunda-feira, 21 de maio, na sede do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP).

A iniciativa foi patrocinada pelo grupo Hatuey, que significa Defensores da Saúde em Verdade, Unidade e Empatia.

A Fundação Interreligiosa para a Organização Comunitária, a IFCO-Pastores pela Paz e outras organizações que trabalham pela solidariedade com Cuba no norte do país também participaram.

A coordenadora da Hatuey, Gloria La Riva, assegurou que esse é o início de outros envios futuros, porque o povo norte-americano é contra o bloqueio criminoso e a inclusão de Cuba na lista espúria de países que patrocinam o terrorismo.

La Riva explicou que, para obter cada um dos produtos da remessa, eles solicitaram uma licença do Departamento do Tesouro dos EUA e, apesar de tê-la, muitas empresas se recusaram a vender, porque têm medo de sofrer sanções.

«Nós, que trabalhamos com essas questões de solidariedade, somos punidos e fica evidente, quando voltamos de Cuba, que os funcionários da imigração nos detêm por várias horas, sem motivo algum», disse a ativista solidária.

Ao agradecê-los por esse gesto humanitário, o presidente do ICAP, Fernando González Llort, descreveu o grupo como «a melhor representação dos Estados Unidos, é a coisa real e o futuro desse país».

Ele os caracterizou como pessoas que trabalham anonimamente, que nunca ganham visibilidade na mídia e cujas imagens nunca são multiplicadas, mas que fazem um grande esforço para reunir seus escassos recursos para que os suprimentos cheguem ao seu destino, nesse caso, as crianças hospitalizadas nas salas de oncologia-hematologia.

Destacou que chegará o momento em que esforços como esse não serão mais necessários, pois haverá relações normais entre os dois países, quando as sanções contra Cuba forem revogadas.