ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
«Estimula ver camponeses como vocês», comentou Morales Ojeda, na conversa com os irmãos Gorgoi. Photo: del autor

Ciego de Ávila.– A impulsionar um programa integral e harmônico de desenvolvimento entre a empresa agropecuária La Cuba e as comunidades que estão em sua jurisdição convocou Roberto Morales Ojeda, membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido e secretário de Organização, em um percurso por essa entidade e por outras áreas da província.

«É na própria empresa onde maiormente trabalham os moradores das comunidades, onde estão situados o consultório, a escola, a farmácia, o Banco; onde entram em funcionamento os grupos de trabalho comunitário e de prevenção, as organizações políticas e de massa, e são articuladas as forças revolucionárias», asseverou.

Ao mesmo tempo, chamou a atenção sobre a necessidade de que a empresa estatal socialista La Cuba, renomada em anos anteriores por suas contribuições, acabe se convertendo em um espelho produtivo, capaz de irradiar benefícios à comunidade e cumprir os encargos para outras províncias, como inicialmente foi concebida.

No início do percurso, Morales teve uma conversa animada pela transparência e a sinceridade com os irmãos José Manuel e José Antonio Gorgoi, integrantes da cooperativa Máximo Gómez, e maiores produtores de alimentos nas terras férteis de La Cuba, que em seu momento foi a maior produtora de banana do país, condição que aspiram resgatar, com a recente mudança na diretoria e os novos programas em desenvolvimento.

«Estimula ver camponeses como vocês», comentou, ao conhecer que, nas terras de ambos, produzem diferentes variedades de banana, além de batata-doce, melancia, cará, mamey, manga, goiaba, abacate e limão, este último um fruto que exportaram à Europa.

Insistiu na necessidade de generalizar as boas experiências e, por isso, a liderança do país tem como método de trabalho a checagem periódica e a avaliação dos acordos da 8ª reunião plenária do Comitê Central do Partido, e das visitas realizadas à província pelo presidente Díaz-Canel.

«A La Cuba tem que voltar a ser o que foi», recalcou Morales Ojeda, se mostrando otimista ao escutar dizer a Ariel Nieves Concepción, diretor-geral da organização, que essa empresa agropecuária plantou 1.005 hectares de culturas variadas em apenas 36 dias, e em datas seguintes, de forma a comemorar o Dia da Rebeldia Nacional, elevando o total para 1.010 hectares, um recorde para tão curto período.

Soube que parou o êxodo dos trabalhadores, diversificam as produções, incluído o começo de um programa de centenas de hectares de soja, e ao mesmo tempo aceleram a construção de estufas para vender produtos nos mercados estatais e ao turismo, e assim evitar as importações de vegetais frescos para esse setor.

Morales Ojeda, acompanhado por José Ramón Monteagudo Ruiz, membro do secretariado do Comitê Central e chefe de seu Departamento Agroalimentar, e pelas máximas autoridades da província, visitou a unidade produtora e comercializadora de produtos de carne e agrícolas, imbuída em um processo de reorganização e alça dos sortidos.

No estábulo de Leiser Rodríguez Batista soube que os animais, fundamentalmente bezerras, são bem alimentadas, para assegurar a reprodução leiteira, que em muitas delas chega aos dez litros, embora esteja se defrontando com dificuldades com a água, para incrementar o rebanho e a produção.

«No outro dia vi um sistema de rega do tipo enrolador abandonado em uma entidade da AzCuba; fez a diligência para repará-lo e utilizá-lo um tempo, ainda que fosse emprestado, e me disseram que não era possível. Se esse sistema chegasse a minhas mãos, minhas vacas teriam água e eu garanto a a entrega de mais leite. Eu garanto isso», afirmou.