ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Dunia Álvarez Palacios

Sem a necessidade de palavras, as mãos das mulheres transcendem a falsidade e acariciam as verdades porque falam uma linguagem que só a elas é revelada.
 A Federação das Mulheres Cubanas (FMC) acompanhou sua mãe, a Revolução, ao longo do caminho, agradecida pelo dom da liberdade e pronta para estendê-lo em benefício de todos, a única maneira de pagar a dívida de sua existência.
 Em 23 de agosto de 1960, as mulheres cubanas uniram seus esforços em uma única organização e elegeram Vilma Espín Guillois como sua primeira e eterna líder. A partir desse momento, elas começaram sua batalha pelo papel de liderança que é essencial em uma sociedade comprometida com a justiça.
 Entretanto, a consciência caminha atrás da vontade política, e esse abismo impôs a tarefa inadiável e ainda válida de remover séculos de machismo e outros legados do colonialismo mental.
 Até a queda da república neocolonial, as mais afortunadas seguiam o destino pré-estabelecido de encontrar um bom homem – por seu dinheiro – e servir como empregadas domésticas. Em outros casos, a pobreza e as poucas alternativas as forçavam a manchar sua dignidade em atividades degradantes, incluindo a prostituição.
 Contra o pior do passado, a FMC apostou no futuro, e seus representantes buscaram o melhor dentro de si para atender ao chamado de cada exploração, em um país repleto delas. Seus rostos estavam gravados em todas as esferas da criação humana.
 A maior garantia de continuar a luta está na inconformidade, e o presente apresenta desafios tremendos para manter seguro o sonho compartilhado. Essa organização, como toda filha do processo revolucionário, precisa se conectar com a parte mais profunda do ser a fim de se mobilizar para o mais belo empreendimento: o engrandecimento da pátria.
 Neste ponto, evitarei mencionar seus nomes para evitar o risco de omissões imperdoáveis, mas também porque duas palavras são suficientes para invocar todas elas: mulheres cubanas.