ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Estudios Revolución

«Aqui ninguém se rende…». Mais do que uma frase, é uma convicção que corre pelas veias de Cuba como o sangue. Assumi-la, a partir do compromisso e a coerência, é o modo mais digno de honrar o Comandante Juan Almeida Bosque, a quem se prestou homenagem, nesta quarta-feira, 11 de setembro, passados 15 anos de sua partida física, em uma gala cultural encabeçada pelo líder da Revolução Cubana, general-de-exército Raúl Castro Ruz, e o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez.

Foi a Sala Universal, do ministério das Forças Armadas Revolucionárias, o cenário do tributo, que junto a artistas de gerações diversas, e que contou com a presença, ademais, dos membros do Bureau Político Esteban Lazo Hernández, presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular e do Conselho de Estado; Manuel Marrero Cruz, primeiro-ministro da República; e Roberto Morales Ojeda, secretário de Organização do Comitê Central do Partido.

Também estavam ali o vice-primeiro-ministro, Comandante da Revolução Ramiro Valdés Menéndez; o Comandante do Exército Rebelde José Ramón Machado Ventura, outros membros do Bureau Político; bem como líderes do Partido, do Estado e do Governo, e parentes do guerrilheiro leal, do homem humilde e sensível, tocado pela música.

Com imagens que resumem, em apertadíssima síntese, a vida de entrega à Pátria do Comandante Almeida, iniciou a homenagem. Entre fotos emergiu o assaltante ao quartel Moncada, o expedicionário do Granma, o chefe fundador do Terceiro Front Mario Muñoz, o líder político, e quem cumpriu cada tarefa da Revolução, como disse Raúl, «com proverbial lealdade, eficácia e espírito de sacrifício».

Foi a música, sua música, o fio condutor da velada, qual reverência às mais de 300 canções que nasceram de sua inspiração, e desse modo tão seu de ver a vida.

Na voz de Bárbara Llanes foi escutada El gran día de enero, e a cantora Beatriz Márquez, que sentiu como suas as músicas de Almeida interpretou Mejor concluir. O coro Lucecita entoou Marinero quiero ser, Raquel Hernández trouxe ao palco Es soledad, e não podia faltar La Lupe, a cargo do trovador Eduardo Sosa, cuja letra nos reafirma a decisão primeira de Almeida de «vencer ou morrer».

Também seu filho Juan Guillermo e sua orquestra interpretaram algumas das peças mais populares, em fundo reconhecimento ao legado cultural do Comandante, com pele de artista. «Eu fui um soldado da Revolução», se escutou dizer na sala, nas palavras do próprio Almeida, «e me vangloriou de haver estado sempre ao lado de Fidel». Merecido lugar, ganho a golpe de decisão e coragem, qualidades que o mantêm vivo, «hoje mais do que nunca».

DESDE SEU TERCEIRO FRONT, O TRIBUTO

Milhares de santiagueiros, em peregrinação desde Cruce de los Baños até Loma de la Esperanza, prestaram homenagem ao Comandante da Revolução Juan Almeida Bosque, cujos restos mortais se guardam no Mausoléu do Terceiro Front Oriental Mario Muñoz Monroy, do qual Almeida foi chefe e fundador, como ponto central das atividades comemorativas pelo 15º aniversário de seu falecimento.

O povo mostrou seus afetos a quem nunca se rendeu, ainda em meio das mais difíceis circunstâncias, e presenciou a colocação, diante se seu túmulo, das oferendas florais enviadas por seu chefe e amigo entranhável, o líder da Revolução, general-de-exército Raúl Castro Ruz; o primeiro-secretário do Comité Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez; o presidente da Assembleia Nacional, Esteban Lazo Hernández; bem como a tradicional que, a título do povo de Cuba, também distingue este tipo de tributo.