
A poucas semanas do início da 40ª edição da Feira Internacional de Havana (Fihav 2024), projeta-se a participação de mais de 700 empresas cubanas e estrangeiras, segundo foi informado na quinta-feira, 10 de outubro, em um check-up dos preparativos para o maior intercâmbio comercial do país e da região, liderado pelo membro do Bureau Político e primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz.
«No recinto da Expocuba – o local habitual para esse importante evento – também se soube que mais de 50 nações já confirmaram sua presença, há uma dúzia de delegações oficiais e mais de 17.000 metros quadrados foram contratados, o que mostra a magnitude desse evento, que será realizado de 4 a 9 de novembro», explicou Oscar Pérez-Oliva Fraga, ministro do ministério do Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro (Minvec).
Acrescentou que, até o momento, a participação nacional é de 193 empresas, com representação de todos os atores da economia, das quais 30 são pequenas e médias empresas (MPMEs). «Além disso, haverá um pavilhão específico dedicado a mostrar o potencial de desenvolvimento e os interesses comerciais de cada província e do município especial Isla de la Juventud, em linha com a política de nosso país de promover o desenvolvimento territorial», disse.
«Neste ano a Feira tem uma conotação especial, pois celebraremos o 40º aniversário da concepção da maior feira comercial multissetorial de nosso país e do Caribe, que teve suas origens em 1984, graças à visão do Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz».
«Além disso, esse evento está sendo realizado no contexto das importantes transformações pelas quais nosso país está passando para corrigir distorções e relançar a economia em 2024», disse o ministro. E acrescentou que, «mesmo em meio às complexas situações financeiras que estamos enfrentando, existem condições para realizarmos uma feira austera, decente e digna e trabalhar para que seja um evento de sucesso».
Pérez-Oliva Fraga disse que a grande participação de empresários estrangeiros que «devem comparecer a esse evento é um sinal de sua confiança no país» e uma confirmação de que Cuba está aberta ao mundo para promover novos investimentos, substituir importações e acessar outros mercados».
Conforme explicado na reunião, como parte da Feira, será realizado o 7º Fórum de Investimentos, no qual será apresentada uma atualização do Portfólio de Oportunidades de Negócios na Ilha maior das Antilhas. Além disso, será realizada a apresentação da revista Cuba Foregin Trade, bem como uma reunião com câmaras binacionais, entre outras atividades.
A Expocuba sediará, em seus 25 pavilhões, reuniões de negócios, rodadas de negócios, seminários, conferências e outras atividades.
Ao apresentar uma atualização sobre o estado dos pavilhões, Mirelys Pintó Hernández, diretora da instalação, explicou que as tarefas realizadas incluem o investimento de capital no teatro, a reforma do salão multiuso e a reabilitação do restaurante pizzaria, localizado no Pavilhão Central.
Também estão sendo realizados trabalhos de reparo do telhado, das calhas de chuva e dos tubos de queda, a substituição de marchetaria, vidros e portas, bem como a instalação de nova iluminação. Ao mesmo tempo, brigadas especializadas estão realizando a manutenção do sistema de ar condicionado, seus dutos e condicionadores de ar, bem como o alargamento de algumas das vias internas.
Ao conhecer esses detalhes da Fihav 2024, o chefe do Governo enfatizou que «é um desafio, mas também um privilégio que devemos saber aproveitar». E pediu «um tipo diferente de Feira, para trabalhar com seriedade, profissionalismo e dedicar o máximo de tempo possível para prepará-la bem».
«Cada instituição tem que ter clareza sobre o que pretende alcançar com essa Feira, o que pretende tirar dela para sua instituição, em quais projetos concretos vai trabalhar; tudo o que puder ser negociado, finalizado e acordado, para o benefício do país, temos que fazer», disse o primeiro-ministro.
Destacou que o principal desafio continua sendo a atenção permanente aos pavilhões por parte das entidades responsáveis ao final da Feira. «Temos que transformar a Expocuba em uma casa para cada organização, onde sejam organizadas atividades, exposições temáticas, conferências, importantes eventos recreativos, esportivos e culturais».
Na quinta-feira, 10, o primeiro-ministro também liderou a análise da situação complexa do Parque Lênin, devido à deterioração acentuada dos equipamentos, das instalações recreativas e do abandono das áreas verdes.
Indicou o projeto e a implementação de um programa de ação para resgatar esse espaço, que foi idealizado por Fidel e executado pela heroína Celia Sánchez Manduley. Com mais de cinco décadas de existência, o Parque é um símbolo de diversão para a família, em seus mais de 765 hectares abertos de natureza e floresta.


