
A Praça da Revolução major-general Calixto García Iñíguez, da província de Holguín, palco do profundo tributo do povo, que representava Cuba toda, aos 13 elementos das Forças Armadas Revolucionárias (FARs), mortos no cumprimento do dever, jorrava tristeza, na segunda-feira, 20 de janeiro.
O primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República, Miguel Díaz-Canel, liderou a cerimônia de homenagem póstuma, marcada pela dor sem nome das famílias e o dever de honrar.
Às 7.00 horas da manhã, justamente no espaço que separa os salões da praça, começou o primeiro plantão de honra. Duas horas depois, o chefe de Estado liderou o último plantão, acompanhado do primeiro-ministro e membro do Bureau Político, Manuel Marrero Cruz; e do general-de-corpo-de-exército Alvaro López Miera, ministro das FARs. Junto a eles, Joel Queipo Ruiz, primeiro-secretário do Partido em Holguín e membro do Comitê Central do Partido.
As fotos dos soldados falecidos haviam sido colocadas ali, ao abrigo de seis oferendas florais, em nome do general-de-exército Raúl Castro Ruz, líder da Revolução Cubana; do presidente da República, das FARs, da Associação de Combatentes da Revolução Cubana (ACRC), das famílias e do povo de Holguín.
Pouco depois, foram transferidas para a esplanada. Frente a elas, homens e mulheres transbordados pelo pranto, cientes de que honrar, honra; atrás, uma bandeira a meio haste e muitos braceletes escuros. O luto e o silêncio cobriam a praça toda; uma muralha que foi quebrada por três descargas de fuzis.
Nas palavras de homenagem póstuma, o general-brigadeiro Florencio Navas Guevara, chefe do Estado Major do Exército Oriental, significou a coragem mostrada pelos que morreram ao cumprir a missão.
Acerca dos jovens, disse que sempre serão lembrados; «eles fazem parte da história de um grande povo. Cuba toda nos acompanha neste momento de dor», garantiu.
O chefe do Estado Major do Exército Oriental informou que, como parte do tributo, foi determinado atribuir a patente superior, postumamente, aos oficiais e suboficiais, e todos receberam a medalha Calixto García.
O presidente Díaz-Canel e as demais autoridades colocaram rosas como homenagem aos militares, em um pedestal situado muito perto das fotos. Depois continuaram os familiares. E no abraço sincero dos presentes esteve, sem dúvida, todo o respeito e a consideração de um país.
Na segunda-feira, 20, na Praça da Revolução, major-general Calixto García, os sentimentos eram parecidos com uma flor na mão, um beijo na foto como se fosse na testa, abraços aferrados a não sei qual lembrança, o desconsolo vestido de mãe, de filho... a honra que antecipou a morte, à sobrevida na história da Pátria.




