ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Prensa Latina

Cuba reforça hoje a preparação de especialistas no setor da saúde para apoiar a introdução no país, pela primeira vez, da vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV).
 «Inicialmente, será aplicada em um universo de 68.524 meninas de nove anos, levando em conta o seguinte esquema: uma dose de 0,5 mililitros por via intramuscular, e duas doses em meninas diagnosticadas com uma doença imunodeficiente», explicou a doutora Lena López Ambrón, chefe do Programa Nacional de Imunização, do ministério de Saúde Pública (Minsap).
 De acordo com um relatório da Prensa Latina, «o objetivo de cobertura proposto é igual ou superior a 95%, e a meta é alcançar a eliminação do câncer cervical relacionado ao HPV, com menos de quatro casos em 100.000 mulheres por ano», explicou Lena López.
 A chegada do imunobiológico será possível graças aos esforços conjuntos da Aliança Global para Vacinas e Imunização, do Minsap e da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), de acordo com o workshop nacional sobre controle do câncer do colo do útero, realizado recentemente.
 De acordo com o dr. Miguel González, assessor da Representação da OPAS/OMS na Ilha, a vacinação contra o HPV é uma das medidas que fazem parte da iniciativa global para a eliminação do câncer do colo do útero, juntamente com a detecção precoce e o acesso ao tratamento.
 «Até 2030, a meta global é vacinar 90% das meninas, detectar lesões precocemente em 70% das mulheres e tratar 90% das pacientes», disse.
 Dados do Registro Nacional de Câncer mostram que, em Cuba, uma em cada cinco pessoas morre de câncer, e uma em cada três pessoas que morrem entre 30 e 69 anos de idade é por essa causa.
 De acordo com essa fonte, mais de 53 mil casos são diagnosticados anualmente e a tendência é aumentar, enquanto o número de mortes por essa causa, embora não tenha aumentado, não diminuiu ao longo dos anos.