
QUEMADO DE GÜINES, Villa Clara.— Para ser um líder comunitário, é preciso ter muita nobreza, motivação e sensibilidade especial para os problemas das pessoas. Somente por meio da empatia é possível mudar a realidade para melhor, e essa qualidade pode ser vista nos olhos daqueles que escolheram representar um grupo de seres humanos.
Na manhã desta quinta-feira, 20 de fevereiro, por exemplo, foi notável a nobreza de Jorge Águila Mir, vereador do sétimo distrito eleitoral do conselho popular de El Perejil, aonde chegou o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, juntamente com o membro do Bureau Político e Secretário de Organização, Roberto Morales Ojeda, e autoridades da província de Villa Clara.
Quando um bairro é declarado em transformação, seus moradores têm a oportunidade de resolver antigas queixas e melhorar os serviços ou as infraestruturas em deterioração. Esse também é o momento de mudar as expectativas e os ânimos. No sétimo distrito foram criados pequenos e belos parques, e foi possível resolver – como disse o vereador – «um grande problema de seca».
Lá eles agora têm água, têm um ponto de venda de produtos agrícolas, o consultório do médico da família foi consertado, casas em condições precárias foram restauradas e, em um trabalho que vai além do físico, foi iniciado o trabalho com famílias que foram identificadas como vulneráveis.
Sobre esse último, Jorge Águila Mir disse que algumas famílias «não são mais vulneráveis, pois estamos trabalhando para melhorar seu padrão de vida. O outro passo adiante é a melhoria das estradas, que estavam em um estado deplorável».
Quando se começa a trilhar o caminho da transformação, avança-se na busca pela solução de vários desafios. Por esse motivo, o vereador explicou à liderança do país que «há reivindicações pendentes a serem resolvidas»; entre elas, a melhoria das estradas internas e a sistematização da coleta de resíduos sólidos, bem como a otimização da iluminação pública.
Naquela região de Quemado de Güines, somente uma revolução humanista como a cubana poderia ter possibilitado a existência de um centro de saúde como a policlínica Mártires del 8 de abril, onde é atendida uma população de mais de 17.400 pessoas. Lá, o presidente percorreu várias salas, enquanto ouvia informações detalhadas da diretora, a dr.ª Aranelys Fariñas Díaz.
O chefe de Estado falou sobre a sensibilidade dos médicos e a importância de colocar medicamentos e suprimentos onde eles são mais necessários, em um centro que oferece 17 tipos de serviços. «Os médicos são carinhosos?», perguntou Díaz-Canel aos pacientes que aguardavam na entrada de uma sala de consulta.
A terceira parada da turnê em Quemado de Güines ocorreu nos terrenos da empresa agroindustrial municipal. Estabelecida no início de 2024, tem mais de 12.300 hectares de terra arável, 42% dos quais pertencem ao setor estatal.
Atualmente, as principais culturas cultivadas na área são legumes, grãos e árvores frutíferas, com destaque para a banana. Lá, para recuperar os volumes de produção do passado, os trabalhadores alocaram 327 hectares adicionais para o cultivo de bananas, dos quais 150 devem estar prontos para este ano.
O presidente cubano pediu aos trabalhadores da empresa que façam um maior uso da ciência e da inovação, e que aproveitem as melhores experiências de outras partes de Cuba e de outras partes do mundo, para que no futuro possa se tornar um dos principais centros de cultura da banana do país.
NO MUNICÍPIO DE CORRALILLO
Na manhã de quinta-feira, 20, o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista iniciou sua visita ao município de Corralillo, na província de Villa Clara, através da empresa municipal agroindustrial Programa Arrocero. Lá, junto com o membro do Bureau Político e secretário de Organização do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, Roberto Morales Ojeda, e acompanhado pelas autoridades do território, Díaz-Canel soube que os produtores planejam plantar 404 hectares de arroz até 2025.
A Yudelvis Cabrera, diretor da empresa, e a outros trabalhadores, o presidente perguntou sobre a qualidade do solo, a disponibilidade de água e se todas as operações foram feitas mediante operações bancárias.
Até 2027, os produtores pretendem ter todo o arroz de que o município precisa. Foi isso que os anfitriões disseram ao presidente, que argumentou que, ao produzir os alimentos necessários, eles poderão avançar. «Isto aqui pode, pouco a pouco, se tornar um centro de arroz», disse Díaz-Canel.
O próximo ponto do itinerário foi o conselho popular Corralillo, onde o chefe de Estado, em uma reunião com o povo, explicou o significado das atuais visitas da liderança do país aos municípios e ofereceu detalhes sobre os esforços de Cuba para mudar sua matriz energética, sobre as inaugurações de parques solares fotovoltaicos que ocorrerão em breve e sobre as transformações sociais que devem continuar sendo realizadas nas comunidades que precisam delas.
AGENDA EM SANTO DOMINGO
O município de Santo Domingo foi o terceiro município visitado na província central, na quinta-feira, 20, pela liderança do país. A agenda incluiu a chegada ao local onde está sendo construído o parque solar fotovoltaico Bermejal. Lá, o presidente Díaz-Canel recebeu uma explicação sobre as obras que estão sendo realizadas nesse importante enclave, que contribuirá com 21,8 MW para o Sistema Elétrico Nacional (SEN) e que atualmente está com 45% de sua execução.
Os diretores explicaram à visita que foi necessário reprogramar o cronograma de construção, devido a problemas com a cravação das estacas que sustentam as mesas e os painéis solares. Apesar do contratempo, o objetivo é concluir a obra nos próximos meses.
Díaz-Canel pediu que fossem redobrados todos os esforços para concluir esse importante investimento, que terá impacto em Villa Clara e em Cuba.
Na província central, dos nove parques solares fotovoltaicos planejados, espera-se que quatro sejam concluídos até 2025, como parte da mudança na matriz energética que a Ilha maior das Antilhas está precisando.
Como última parada da intensa turnê, o presidente visitou a mini-indústria La Luisa, da Cooperativa de Crédito e Serviços Conrado Benítez (CCS), que pertence à empresa municipal agroindustrial.
A unidade produz frutas e vegetais enlatados fornecidos pelos produtores da cooperativa. Seu principal destino é a venda para a população, tanto para os moradores de Santo Domingo quanto para os outros territórios da província.
Atualmente, a entidade está concentrada em recuperar sua produção anterior, que foi afetada pela falta de insumos. A meta é produzir cerca de 1.600 toneladas por ano. De acordo com os diretores e trabalhadores, isso pode ser alcançado.
