ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Esses dias foram uma oportunidade para dialogar e aprender, por meio das experiências de todo o país, sobre a consolidação de espaços que transcendem o tempo. Photo: Pastor Batista

Defender o orgulho de ser cubano por meio da cultura tem muito a ver com o que Fidel Castro nos pediu nos momentos mais críticos da década de 1990: a primeira coisa que deve ser salva é a cultura. Hoje, essa cultura pode ser salva por meio de ações concretas para preservá-la como a base de nossa identidade nacional, que corre em nosso sangue desde a formação de nossa nação até os dias de hoje.
 A complexidade dos tempos atuais indica que o debate sobre os desafios culturais da contemporaneidade não pode ser adiado, os desafios que Cuba enfrenta hoje, aspectos associados ao componente imaterial do ser humano, sua identificação com os valores identitários que nos definem, em um cenário adverso em que a cultura emula outros métodos de colonização mais ortodoxos.
 Essas e outras questões reuniram, em Camagüey, de 10 de abril até 13, um grupo de intelectuais e artistas cubanos no 1º Colóquio Nacional «Orgulho de ser cubano», que busca criar uma plataforma para o pensamento anticolonizador e construir-se como um espaço de debate e reflexão sobre aspectos essenciais para a defesa de nossa soberania.
 Esses dias foram uma oportunidade de diálogo e aprendizado, por meio de experiências de todo o país, sobre a consolidação de espaços que transcendem o tempo, que vão ao encontro de outros públicos, o necessário cara a cara com o povo.
 «A consolidação dos valores que nos trouxeram até aqui, diante da feroz guerra cultural que está sendo travada contra nós, não depende apenas do ministério da Cultura e suas instituições, ou do ministério da Educação e suas escolas. Requer a articulação de vários setores da sociedade», pediu o ministro da Cultura, Alpidio Alonso Grau.
 «Querem que nos sintamos inferiores, que destruamos a Revolução», disse o renomado intelectual Abel Prieto Jiménez, presidente da Casa das Américas, que advertiu que campanhas como a de o presidente argentono Javier Milei e de outros ultradireitistas que governam na região foram vencidas nas redes, e acrescentou que, no momento atual de Cuba, eventos desse tipo são úteis, mas agora é preciso passar à ação.
 O historiador Ernesto Limia lembrou em vários lugares que a arte legitima a política. Daí deriva uma missão indiscutível da cultura: enfrentar a guerra cognitiva que está sendo travada contra nós.
 «E como é bom saber que essa cultura defende a cidadania cubana, a pátria, a Revolução e o Socialismo, porque a história mostra que quando a vanguarda se distancia das massas, deixa de ser vanguarda. Não temos outra opção e isso é claro, temos de vencer a guerra cultural e defender o orgulho de ter nascido nesta terra chamada Cuba».