
NUEVA GERONA.— Uma representação de jovens de Isla de la Juventud reuniu-se com o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, em 15 de maio.
«Nosso guia está em nossa história», disse o comandante da Revolução Ramiro Valdés Menéndez, também presente no intercâmbio, aos 70 estudantes e trabalhadores de diferentes setores que compartilharam ideias e critérios com líderes do país sobre os desafios atuais e o papel das novas gerações nos tempos atuais.
O intercâmbio foi realizado após a comemoração do 70º aniversário da libertação de Fidel e dos jovens que atacaram o quartel Moncada, em 1953.
UM ATO DE COMEMORAÇÃO
Em 15 de maio de 1955, em um domingo chuvoso, nos arredores da chamada Prisão Modelo, na então Isla de Pinos, mais de cem cubanos aguardavam os 29 jovens, sobreviventes dos ataques aos quartéis Guillermón Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, que estavam presos ali. Sete décadas depois, mais de mil moradores de Isla de la Juventud comemoraram esse dia.
«A história, a valentia e a honra absolveram Fidel e seus companheiros», afirmou Susely Morfa, membro do Comitê Central e chefe do Departamento de Atenção ao Setor Social, nas palavras centrais da comemoração, também liderada pelo membro do Bureau Político e secretário de Organização do Comitê Central do Partido, Roberto Morales Ojeda.
“«Honrar a memória da geração que definiu o rumo para uma Cuba melhor é o compromisso da geração mais jovem de Isla de la Juventud, somos dignos herdeiros dos jovens que atacaram o quartel Moncada», disse Lienni Riquet, jovem estudante das Ciências Médicas.
ENCONTRO COM JOVENS
Inspirados por essas palavras e ideias, no pátio interno do antigo hospital-prisão, a poucos metros de onde Fidel e seus companheiros estiveram presos de outubro de 1953 a maio de 1955, os jovens de hoje ouviram as lembranças e reflexões do Ccomandante da Revolução Ramiro Valdés Menéndez.
O presidente Díaz-Canel fez questão de lembrar que Ramiro, ainda jovem, esteve no ataque ao quartel Moncada, na prisão, no exílio, na expedição do iate Granma, na serra Maestra e na invasão Leste-Oeste comandada por Che Guevara e Camilo Cienfuegos.
«Somos guiados pela história, sempre foi assim», reiterou o comandante da Revolução, que lembrou episódios da Guerra de Libertação como os da invasão, quando, apesar do tremendo rigor, ninguém cedeu. «E isso é o que nos trouxe até aqui», afirmou.
Ramiro compartilhou ideias sobre a situação atual do país e como, com as ações dos jovens, em cada bloco e comunidade, a unidade de todos os revolucionários deve ser fortalecida, o que é a condição para defender a pátria.
O encontro com um herói vivente foi considerado um privilégio pelos jovens. Concordaram que, para as novas gerações, assim como para as anteriores, é hora não apenas de serem herdeiros, mas também de serem construtores da história para continuar a batalha.
UMA HISTÓRIA ÚNICA, GERAÇÃO APÓS GERAÇÃO
Luis Mariano Viltres Vegas, da policlínica La Fe, em Isla de la Juventud, enfatizou que essa reunião estava celebrando o heroísmo de uma geração, a do Centenário, que em sua epopeia pela libertação definitiva da pátria tinha a mesma idade dos jovens que agora estão reunidos aqui.
Celia Hardy Rodríguez destacou a validade das estratégias desenvolvidas pelos jovens que atacaram o Moncada durante sua prisão, nas quais criaram, por exemplo, mecanismos de comunicação política, apesar de estarem presos, para influenciar a opinião pública e conscientizar sobre a necessidade da luta como única alternativa.
O primeiro-tenente Alisequi Justin Acosta insistiu na tremenda tarefa das novas gerações, que, enfatizou, «devem defender o que os jovens que atacaram o Moncada fizeram».
Linet de la Caridad Rodríguez Suárez, presidente da Federação dos Estudantes Universitários (FEU), na Faculdade de Ciências Médicas, lembrou que «a história é criada dia a dia, é algo para o futuro, mas é feita hoje».
Ela contou o que seus colegas fizeram durante as férias, quando, diante de um aumento nos casos de dengue, decidiram se juntar ao trabalho das instituições médicas do município para apoiar os serviços.
Manuel Barroso García, presidente do Movimiento Juvenil Martiano em Isla de la Juventud, enfatizou a importância das reuniões que o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, está realizando com os jovens.
«São intercâmbios que marcam o compromisso de sermos protagonistas ativos de nossa história, de continuarmos defendendo a Revolução».
LEGADO E VALIDADE
Em uma análise do legado e da validade da libertação da prisão, graças à pressão popular, dos jovens da Geração Centenária, protagonistas dos ataques aos quartéis Moncada, em Santiago de Cuba, e o Carlos Manuel de Céspedes, em Bayamo, Díaz Canel descreveu o evento como um acontecimento extraordinário.
Disse que «liderados por Fidel, esses jovens transformaram a prisão em vitória, em treinamento ideológico e histórico, porque suas convicções foram fortalecidas em um espaço de camaradagem, estudo e análise das obras de José Martí, incluindo o marxismo-leninismo».
«Aqui, eles conceberam ideias, ações e estratégias; por isso essa foi uma prisão frutífera. Aqui a ditadura queria matar as ideias e, ao contrário, tornou-se uma luz de ideias, daí todo o simbolismo do evento que estamos comemorando», afirmou.
Acrescentou que «aqui há muito ensino. Portanto, aqui há um legado de unidade e estoicismo, aqui eles defenderam a unidade, a independência e os valores, e o fizeram com dignidade e firmeza de princípios. Esse é o legado que podemos interpretar desse evento».
«Hoje nossa primeira tarefa é ideológica, manter a unidade; e para isso precisamos conhecer a história, acrescentou o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido em seu discurso, no qual insistiu com os jovens sobre as prioridades atuais, como a batalha econômica e a luta contra atitudes negativas, para continuar contribuindo com o processo de construção socialista.
