
JIGUANÍ, Granma.— Talento extraordinário, crianças e adolescentes cantando como anjos, arte entrando por todas as frestas da alma. Tudo isso aconteceu ontem, 19 de maio, a poucos metros do obelisco que marca o local onde José Martí caiu.
A cerimônia nacional em comemoração ao 130º aniversário da morte em combate do Apóstolo foi impecável e emocionante, liderada pelo primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez; pelo membro do Bureau Político e secretário de Organização, Roberto Morales Ojeda, pelas autoridades locais e pelo povo.
Em meio a tanta vida e cor, na mesma natureza e sob o mesmo sol que iluminava o rosto do bom homem enquanto caiu, uma ideia era recorrente: Era isso o que ele queria; além de qualquer nuance incômoda, além de qualquer dor, além de qualquer coisa que pudesse estar faltando, era isso – alegria, fraternidade e liberdade – exatamente o que o homem que os ‘mambises’ descalços começaram a chamar de presidente, apenas ouvindo sua voz como se fosse um abraço, estava revelando.
Foi assim que começou a manhã intensa e cristalina de segunda-feira, 19 de maio, em Dos Rios. Se ele tivesse visto esses momentos do Hino Nacional cantado com orgulho e sem medo; se ele tivesse visto como nos lembramos do que ele disse: «nenhum trabalho sem misericórdia e sem limpeza jamais sairá do meu coração».
«Não estamos aqui para evocar um passado estático», disse Danhiz Díaz Pereira, deputado da Assembleia Nacional do Poder Popular e presidente do Movimiento Juvenil Martiano. «Martí nos ensinou que todo cubano merece respeito».
Referindo-se ao Maestro, afirmou que «é o fogo que nos queima quando vacilamos», e que a resistência de hoje é um reflexo do espírito martiano.
«Irmãs e irmãos desta Cuba heróica», começou seu discurso a primeira secretária do Comitê Provincial do Partido em Granma, Yudelkis Ortiz Barceló, que, em um discurso apaixonado, belo e patriótico, falou da «perpetuidade de José Marti que nasceu precisamente da queda do homem excepcional».
Essa não é apenas uma simples lembrança, é um fogo que não se apagará. Dessa forma, o líder do Partido afirmou que «enfrentar o sol» – essa frase martiana – significa, entre os cubanos, viver com dignidade, abraçar o futuro e fazê-lo sem medo, não desistir. «Em cada cubano que resiste com dignidade, está José Martí».