Em um intenso dia de trabalho, Díaz-Canel visitou municípios das províncias Granma e Camaguey, como parte do sistema de trabalho do Partido
Em cada local há experiências que demonstram a resistência e constância dos cubanos. Photo: Estúdios Revolución
RIO Cauto, Granma.— Em 19 de junho, de manhã, o presidente da República, Miguel Díaz-Canel, estendeu sentimentos de gratidão e de alegria ao pessoal que trabalha na policlínica Ernesto Che Guevara, na demarcação de Vado del Yeso, no município de Río Cauto, na província de Granma. Fez isso porque eles são o exemplo vivente de como as dificuldades podem levar a soluções diversas, de como os tempos duros podem fazer parir conquistas nunca imaginadas.
Com 22 especialidades, a policlínica tem todas as vagas de assistência cobertas e atende, ainda, 19 consultórios. Conseguiu melhorar todos seus índices sanitários, especialmente o programa materno-infantil, favorecido pela inauguração de um novo lar materno dentro da policlínica.
Ao chegar, o chefe de Estado, acompanhado pelo secretário de Organização do Partido e membro do Bureau Político, Roberto Morales Ojeda, elogiou a policlínica, distinta pela limpeza, o bom gosto e a beleza. O presidente disse aos trabalhadores da Saúde: «Este é o modelo de policlínica que queremos».
Pouco tempo depois, ao conversar com os moradores da demarcação de Vado del Yeso, comentou que a visita a essa comunidade «tem uma significação tremenda, porque essa foi uma comunidade fundada pelo Comandante-em-chefe Fidel Casto Ruz. E hoje aqui temos recebido tamanha aprendizagem ao termos visitado a policlínica, devido ao espírito de trabalho que existe lá, de transformação e de criatividade».
«E por que eu lhes digo isso?», perguntou o presidente. E depois refletiu que, em uma ocasião, Fidel nos disse «que as crises eram motivos para superarmo-nos nós próprios, e que o assunto não era para falar tanto da crise, mas sim do que estava sendo feito para superar a crise. E nessa policlínica demonstraram tudo o que está sendo feito para superar a crise, e esse é o espírito que temos que defender».
Referiu-se, então, à produção de alimentos, porque «aqui tem terra suficiente».
Mais na frente, refletiu: «Sei que ontem aqui houve muitas famílias que estiveram sujeitas a mais de 20 horas de apagão e, contudo, não vamos desistir; e por isso temos que superar essa situação, mas temos que fazê-lo com unidade e trabalhando entre todos».
O presidente cubano fez, então, uma proposta para superar toda adversidade: «Fomos encorajados pela atitude desse pessoal da policlínica, e quero que vocês tenham presente isso porque dessa forma, cada um de nós tem que dizer: onde eu estou, onde me cabe, o que eu estou fazendo para que as coisas sejam melhores?».
O seguinte ponto na agenda da liderança do país na visita ao município Río Cauto foi o parque solar Camilo Cienfuegos – o terceiro dos quatro que a província terá prontos neste ano de 2025, e que se prevê seja inaugurado no decurso deste mês.
Na província de Granma já entregam energia ao sistema elétrico nacional dois parques solares situados em Bayamo e em Niquero. A outra boa notícia é que já começou a montagem de um quarto parque em Manzanillo; e que nos municípios de Yara e Guisa se prontifica a montagem de duas instalações que devem gerar cinco megawatts cada uma.
«Parabéns, é assim que se deve trabalhar», disse o presidente aos trabalhadores envolvidos na obra.
SINAIS DE SUCESO EM CAUTO CRISTO
Até a unidade empresarial de base (UEB) Cauto Cristo, uma pequena indústria situada no município do mesmo nome, chegou na manhã da quinta-feira, 19, o presidente Díaz-Canel.
Nesse centro que agora, sobretudo, está processando manga e goiaba, o chefe de Estado soube detalhes dessa pequena usina, que entrega mais de vinte produtos.
«É uma experiência tremenda, continuem lutando e aumentando o salário dos trabalhadores», expressou o presidente na despedida.
Na cooperativa de créditos e serviços (CCS) Vega de Pestán, situada no município de Cauto Cristo, o seguinte ponto do itinerário, a liderança do país pôde constatar a qualidade admirável da banana produzida naquela terra. A visita deixou uma interrogação, para refletir: se os produtores daqui conseguem isso, por que outros não conseguem?
CAMAGUEY: SE ALGUNS CONSEGUEM, OS DEMAIS TAMBÉM
Depois de visitar, na manhã de 19 de junho, dois municípios da província de Granma, o presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermudez, chegou à província de Camaguey.
O primeiro dos municípios visitados foi Guáimaro. Ali, o chefe de Estado – acompanhado, igualmente, pelo secretário de Organização e membro do Bureau Político do Partido, Roberto Morales Ojeda, e pelas autoridades do território – conseguiu trocar ideias com Isnel Cabrera, usufrutuário da unidade básica de produção cooperada (Ubpc) Constitución, um jovem empreendedor, que se vem dedicando à cultura do fumo, em terras que anteriormente estavam desocupadas.
O produtor, de 37 anos, compartilhou com os visitantes a história de como limpou dois hectares da chácara; da rotação das culturas que está fomentando lá e de como vem enfrentando, entre outros desafios, a necessidade de instalar maior potência elétrica para a irrigação.
O seguinte ponto no itinerário foi o projeto de desenvolvimento local Rincón del Lago – situado na comunidade Goyo Benítez, de Guáimaro. Nesse ponto da geografia uma experiência encorajadora é a de Ana María Fernández e sua família, os quais ativaram a produção agropecuária com fins de doação e de venda aos populares.
Outro destino da agenda foi a unidade empresarial (UEB) fábrica de queijos Taíno, na comunidade de Martí.
Esta usina – que dedica uma parte de suas produções ao consumo social da província – tem sido abalada, nos últimos tempos, pela carência de eletricidade.
Contudo, o pessoal tem o mérito de ter sabido implementar planos de aviso muito ágeis, para quando se restabelece a eletricidade, a fim de aproveitar ao máximo as horas em que resulta possível começar os turnos de produção.
OUTRAS BOAS EXPERIÊNCIAS EM SIBANICÚ
No município de Sibanicú, o percurso começou pela muita famosa empresa de lacticínios da zona. Não se trata de um local qualquer, mas sim da maior fábrica de queijos do país, cuja elevada capacidade de produção atualmente está limitada por insuficiências na coleta do leite necessário para a produção e pelas dificuldades que impõem os cortes de eletricidade.
Não menos importante foi a chegada à cooperativa de produção agropecuária El Entronque. O item principal é a cana de açúcar, mas também estão engajados no plantio e culturas variadas e na cria de gado bovino e caprino, e em produções focalizadas no consumo social e na venda, dentro da comunidade, com preços acessíveis.
Alexei Carmenate, que lidera esta entidade produtiva, contou ao chefe de Estado: «Aqui estamos aumentando as áreas».
«Isso aqui, antigamente, era um matagal pelo qual nem caminhavam os gatos, tal como dissemos os camponeses. Podemos enxergar o que aqui foi feito. Lá temos três coisas já feitas: estão os porcos, uma cria de novilhas (...) e ainda temos um projeto florestal».
Ao conversar com moradores da zona, Díaz-Canel refletiu que este tipo de visitas vai contribuindo «com muitas vivências de como a gente vem trabalhando, das coisas que estão sendo feitas. Mas também nos dá muitas aprendizagens; e uma das aprendizagens que eu queria compartilhar com vocês hoje, é a que temos visto aqui nesta comunidade, pois a partir de uma cooperativa como entidade produtora, podem ser atendidos todos os problemas da comunidade».
O chefe de Estado elogiou «quando a gente vê experiências como estas, acabamos percebendo de eu, ainda que os tempos sejam muito complexos, mais do que falar da complexidade dos tempos, temos de falar de coletivos como o de vocês que vêm enfrentando estes tempos; e como coletivos com o de vocês são capazes de superar estes tempos; e se vocês conseguem, os demais também podem, o que devemos é nos inspirar m exemplos como este».
Esse é um projeto que proporciona soberania tecnológica, uma vez que, em caso de obsolescência, quebra ou bloqueio, soluções rápidas podem ser fornecidas, pois se trata de uma interface desenvolvida no país