Após o som dos alarmes, começa a dança dos uniformes passados, enquanto o riso das crianças e dos jovens preenche o ar, antecipando novas experiências e aprendizados.
Em cada bairro, o feito silencioso de mães e pais foi épico: a busca pela mochila, aquela concha que guardará os tesouros do conhecimento e deverá suportar a correria de um ano inteiro; o material escolar... Por trás de cada coisa há uma história de esforço, dedicação e amor.
A batalha de um país que luta com emergências diárias também está se tornando épica, mas foi uma batalha que investiu muitas mãos, muitos sacrifícios e muitas noites sem dormir neste novo amanhecer.
Enquanto isso, dentro das casas, avós, mães e vizinhas ajustavam tamanhos, prendiam botões e distintivos ou bordavam as iniciais das crianças.
No centro deste universo estão as crianças. Para elas, este dia não tem arestas; é puro futuro. Seus sonhos são alimentados pelo cheiro dos livros e pelas pontas dos lápis.
Hoje, milhares de nossas crianças têm o primeiro contato com o mundo das letras e dos números; outras continuam o caminho já iniciado, um pacto com o amanhã assinado no quadro-negro.
As ruas de Cuba estão cheias de branco, azul, vermelho... Um rio de inocência, ávido por conhecimento, flui em direção às escolas.
As portas se abrem. Os professores os acolhem como crianças. Eles sabem que em seus olhos está a semente de tudo o que somos, de tudo o que podemos ser.
Este dia vale muito para todos e também diz muito sobre a vontade de um povo que, no alfabeto dos seus filhos, escreve claramente o futuro.
O ano letivo começou. Os sonhos, como sempre, estão em primeiro plano.
