Esta manhã, na usina popularmente conhecida como Renté, Jesús Aguilar Hernández, diretor-geral, detalhou as atuais condições operacionais da usina, que foi afetada por inúmeras interrupções imprevistas, mas está caminhando para a estabilidade após a entrada em operação de seu bloco cinco de 70 megawatts (MW) após manutenção parcial.
As unidades restantes — unidades seis e três — estão gerando 50 MW cada, fora do ciclo de manutenção. A unidade quatro está em parada técnica desde 2023, mas sua estratégia de recuperação está sendo preparada como parte do Plano Governamental para fortalecer o SEN.
De acordo com informações divulgadas na reunião com os executivos provinciais e da CTE, está prevista para dezembro uma pequena manutenção nas unidades seis e três, o que permitirá que a importante usina geradora no leste de Cuba esteja em melhores condições até o final do ano. «Estamos no caminho da estabilidade», afirmou Aguilar Hernández, «mas precisamos mantê-la, e é para isso que estamos trabalhando».
Em conversa com trabalhadores da Renté, Díaz-Canel reconheceu os eletricistas do país pelo trabalho heroico, intensivo e incansável que realizam. Defendeu a estratégia traçada pelo governo cubano para fortalecer o Sistema Elétrico Nacional, que inclui a recuperação da capacidade de geração térmica e distribuída, além da continuidade da construção de parques solares fotovoltaicos.
Em relação a este último, destacou a geração de mais de 600 MW por dia nessas instalações. «Dos parques solares fotovoltaicos comprometidos para este ano, apenas um ainda não foi iniciado; os demais estão em operação ou em construção», observou.
IMPACTO POSITIVO E DESAFIOS EM RENTÉ
Em declarações à imprensa, o gerente da Renté explicou, pouco antes da visita do presidente, que «a entrada do bloco cinco teve um impacto positivo na usina». Considerou que representa a injeção de que esta usina precisava para alcançar a sustentabilidade, mas também para aumentar os níveis de produção.
No primeiro semestre, explicou, «operamos com uma carga média de 80 MW; hoje temos 170 MW em serviço, o que fortalece a usina e o SEN».
Comentou sobre ações de manutenção preventiva e corretiva para manter esses níveis de produção e «uma recuperação de prazo um pouco mais longo, mas bem-intencionada, do bloco quatro, que atualmente está em parada técnica temporária, mas com toda a vontade e estratégia para recuperá-lo, o que requer financiamento, mas a estratégia está em vigor para alcançá-lo em um futuro próximo».
Aguilar Hernández foi enfático ao falar sobre seus funcionários: «Sempre dizemos que por trás de cada lâmpada que se apaga, há centenas de pessoas trabalhando para garantir que isso não aconteça. Dadas as nossas capacidades tecnológicas, implementamos um sistema de trabalho que garante suporte 24 horas por dia».
«Hoje, os problemas de financiamento só são superados pela inteligência coletiva e pelo comprometimento dos nossos trabalhadores em manter a geração de energia», disse.
«Cada vez que um bloco fica fora de serviço, centenas de trabalhadores ficam de prontidão», enfatizou. «A instabilidade causa transtornos, é claro, a todos os serviços, tanto à população quanto à economia, e trabalhamos arduamente para minimizar e encurtar os tempos de reparo, mas isso é uma realidade».
Questionado sobre o incêndio ocorrido há poucos dias na zona industrial de Santiago de Cuba, especificamente na bateria de um gerador, o diretor esclareceu que «esse local, na verdade, fica a aproximadamente um quilômetro da própria usina. Não havia perigo», informou.
«A usina permaneceu em produção o tempo todo, é claro, atenta ao evento, prestando suporte e apagando o incêndio. Mas, na realidade, do ponto de vista da produção, não houve impacto algum na usina termelétrica».
Sobre o assunto, o presidente havia afirmado na reunião que a investigação do acidente está em andamento e será levada até o fim para apurar as causas e responsabilidades.
FELTON COM 200 MW, MAS PODE DAR MAIS
Seu gerente-geral, Erick Milanés Quinzán, informou que a usina está gerando atualmente 200 MW em seu primeiro bloco, com capacidade limitada a 260 MW devido à corrosão na caldeira.
Na conversa detalhada, o executivo explicou estratégias para resolver problemas com a caldeira, o gerador e a turbina da unidade, que poderiam afetar sua operação, embora esteja atualmente em operação. Ele também discutiu o andamento da recuperação do bloco dois, que foi severamente danificado por um incêndio em 2022.
O chefe de Estado enfatizou a importância desta usina, não apenas por sua capacidade de geração, mas também por sua localização estratégica na parte oriental da Ilha. Falou sobre a continuidade dos trabalhos de melhoria do bloco 1 e recuperação do bloco 2, para os quais existem estratégias claras, diversas propostas que exigem financiamento significativo e estão atualmente em análise por especialistas do setor elétrico.
Lá, ele foi informado sobre os esforços que estão sendo feitos com várias nações, bem como sobre a fabricação de peças importantes nas oficinas do país para a recuperação do bloco Dois, substituindo assim as importações e impulsionando a indústria local.
Díaz-Canel, como de costume nesta visita, que já incluiu cinco usinas termelétricas desde a semana passada, perguntou sobre o atendimento prestado aos trabalhadores de Felton e soube que a prioridade está sendo dada ao atendimento médico especializado, à venda de medicamentos na usina, à entrega de alimentos e kits de higiene, aos planos de férias para trabalhadores e famílias e, principalmente, às medidas de segurança e proteção. Ao mesmo tempo, os salários médios aumentaram.
Nesta viagem intensiva pelo leste de Cuba, o primeiro-secretário foi acompanhado por Jorge Luis Broche Lorenzo, membro do secretariado do Comitê Central e chefe do seu Departamento Econômico e Produtivo; Vicente de la O Levy, ministro de Energia e Mineração; e Alfredo López Valdés, diretor-geral da União Elétrica.
