Uma vitrine das oportunidades oferecidas pela economia cubana
A 41ª edição do evento – que começa hoje – terá como foco as energias renováveis, a inteligência artificial e a integração em blocos como o BRICS
Foto: retirada da Agenda Económica.
A 41ª Feira Internacional de Havana (Fihav 2025), principal feira comercial da região, começa hoje, 24 de novembro, com o objetivo de promover novas áreas temáticas estratégicas para a economia nacional e apresentar Cuba como um destino confiável para negócios.
Em uma recente entrevista coletiva, Oscar Pérez-Oliva Fraga, vice-primeiro-ministro e ministro do Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro, enfatizou que esta edição transcende as negociações comerciais tradicionais ao incorporar espaços de alto valor prospectivo. «Esta Feira é muito mais do que um espaço para intercâmbio comercial; é uma vitrine das oportunidades oferecidas pela economia cubana, baseadas em inovação, sustentabilidade e integração», destacou.
Entre as novidades da Fihav 2025, destacam-se cinco áreas temáticas de exposição, concebidas para evidenciar as oportunidades mais relevantes. Uma delas é o pavilhão «Made in Cuba», que visa promover a qualidade exportável da produção nacional, com participação especial de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e polos de produção.
Além disso, a área de Energias Renováveis em Cuba está voltada para a promoção da transição energética, com painéis sobre investimento sustentável e um espaço dedicado à Transformação Digital e à Inteligência Artificial aplicada à gestão e à produção.
Outro segmento de grande interesse será dedicado aos BRICS e aos Mecanismos de Integração, apresentando projetos e setores com potencial de cooperação em estruturas como a ALBA-TCP, a União Econômica Eurasiática (UEE) e a ALADI, entre outras. Complementando essa visão, o setor «Cuba Unida» posiciona o turismo como força motriz para as cadeias produtivas e as exportações de serviços.
Em um contexto internacional complexo, marcado pela intensificação do bloqueio do governo dos EUA à Ilha e pelos efeitos do furacão Melissa na região Leste do país, a Feira contará com a participação de mais de 47 países e da União Europeia. Entre as nações participantes estão parceiros estratégicos como Rússia, China, Espanha, Itália, México, Venezuela e Arábia Saudita.
Da mesma forma, os setores mais representados serão a agroindústria, a biotecnologia e os serviços médicos – um aspecto em que Cuba tem prestígio internacional –, o turismo, a indústria energética e a logística.
O evento também contará com o 8º Fórum de Investimentos, com uma atualização do Portfólio de Oportunidades, e o Fórum Bancário do Caribe.
Esse é um projeto que proporciona soberania tecnológica, uma vez que, em caso de obsolescência, quebra ou bloqueio, soluções rápidas podem ser fornecidas, pois se trata de uma interface desenvolvida no país