ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
«Não poderíamos falar em construir o socialismo se não considerássemos as pessoas com deficiências e se não reconhecéssemos as contribuições que elas são capazes de dar à nossa sociedade », insistiu o presidente. Photo: Estúdios Revolución
«Estamos aqui para que vocês sintam, mais uma vez, que têm o apoio integral da direção do Partido e do Governo, porque vocês são parte importante deste processo de construção socialista», assegurou o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, aos delegados do Primeiro Encontro de Organizações de Pessoas com Deficiência.
 
O evento, que acontece no Centro de Convenções de Havana até 3 de dezembro, faz parte do 15º Dia Nacional da Igualdade de Oportunidades – organizado pela Associação Cubana de Pessoas com Deficiência Física e Motora (Aclifim) – e demonstra a inclusão de pessoas com deficiência em diferentes esferas da vida.
 
«Os senhores», reconheceu o presidente, «com um senso de patriotismo e responsabilidade, nesse desejo de ser justos e fieis, estão dedicando esta reunião de avaliação e debate ao fortalecimento do legado do Comandante-em-chefe, que tanto fez para garantir que 'nossa sociedade seja totalmente inclusiva, justa e que mantenhamos essa justiça e essa vocação para a justiça'».
 
E tudo isso foi sustentado, enfatizou, «apesar da intensificação do bloqueio econômico, comercial e financeiro durante todos esses anos, o que nos levou a uma situação muito difícil em diferentes áreas, mas que não nos impediu de continuar fazendo todo o possível na construção do socialismo, sem desistir daquilo a que aspiramos para o futuro, em que, como parte da justiça social, a igualdade de oportunidades e a participação de todos em nossa sociedade e nessa construção socialista permaneçam vivas».
 
Da mesma forma, a autoridade destacou o conceito de unidade com que este encontro está sendo realizado, no qual todas as associações juntas, buscando um objetivo e uma abordagem comuns, «construirão consenso em relação a quanto mais podemos avançar em meio às situações que temos, o que mais podemos fazer, e também com uma análise crítica do que pode ser feito e do que não fizemos».
 
«E isso, para nós, para a liderança do país, tanto no Partido quanto no Governo, é uma das fontes que temos para aprimorar o trabalho, para fortalecer um conjunto de ações que continuem promovendo sua plena integração em nossa sociedade e garantir que ninguém fique desprotegido», afirmou.
 
«Não poderíamos estar falando de construção socialista», insistiu, «se não tivéssemos um foco nas pessoas com deficiência e se não reconhecêssemos também a contribuição que elas são capazes de dar à nossa sociedade».
 
Em seu discurso no evento, a presidente nacional da Aclifim, Mabel Ballesteros López, destacou a importância do fato de que «pela primeira vez em nosso país, organizações de pessoas com deficiência concordaram em se reunir em um espaço comum», no contexto das atividades do Dia Mundial das Pessoas com Deficiência, celebrado todo dia 3 de dezembro.
 
A data, afirmou, «tornou-se um contexto propício em todo o mundo para reivindicar todos os direitos fundamentais, dada a crescente lacuna de exclusão». E em meio a esse cenário, no qual muitos governos ao redor do mundo se tornam entidades passivas, o governo cubano mantém um compromisso constante com as pessoas com deficiência.
 
Enfatizou que o movimento associativo «cresceu com a Revolução, com sua política social, apoiado pelas ideias de Fidel de construir uma sociedade mais justa e equitativa».