CAMAGÜEY.— Após ultrapassar, em torno das 16 horas, os limites com a irmã província de Ciego de Ávila, o cortejo fúnebre com as cinzas do Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz recebeu o abraço empolgado de milhares de moradores da província de Camaguey, na sua passagem por estas planícies. As pessoas reuniram-se de maneira espontânea a ambos os lados da Estrada Central.
Já de noite, o cortejo chegou à Praça da Revolução Major General Ignacio Agramonte Loynaz, aclamado por uma multidão de estudantes, trabalhadores, combatentes e moradores do lugar, os quais cantaram o Hino Nacional, em um gigantesco coro que fez tremer a histórica esplanada e suas redondezas.
Após uma noite e uma madrugada cheias de emoções diversas, em que o povo expressou seu derradeiro adeus ao Comandante, o cortejo fúnebre continua, em 2 de dezembro, bem cedo, seu avanço para Santiago de Cuba, mas antes passará pelo lugar de onde Fidel falou aos moradores de Camaguey, em 4 de janeiro de 1959, em sua marcha triunfal rumo à capital do país.
FIDEL FEZ TREMER OS MORADORES DE CIEGO DE AVILA
Impressionante foi a manifestação de amor que deu o povo de Ciego de Avila a Fidel, em trânsito para a imortalidade, em 1º de dezembro, quando mais de 160 mil filhos desta província honraram o eterno Comandante-em-chefe que segue convocando.
Tanto, que Cuba toda cabe em uma faixa de uns 1 000 quilômetros de longitude e apenas seis metros de largura, algo que, eu duvido, consiga outro humano na terra.
O HOMEM QUE NAMOROU SANCTI SPIRITUS
Em quadro apertado ao longo de 71 quilômetros, moradores desta província, vindos de todos os recantos despediram-se do seu chefe na jornada de quinta-feira, 1º de dezembro.
O rio humano que saiu para se despedir do Chefe da Revolução se estendeu ao longo de 71 quilômetros dos municípios de Cabaiguán, Sancti Spíritus e Jatibonico, por toda a Estrada Central desde a zona de Ojo de Agua, nos limites com Villa Clara, até Trilladeras, na fronteira com Ciego de Ávila.
DEFINITIVAMENTE NO CORAÇÃO DOS MORADORES DE VILLA CLARA
Santa Clara saiu às ruas para receber o maior presente de sua história, a chegada de Fidel à frente da caravana que trazia a almejada liberdade.
Em 1º de dezembro, tal como aquele dia 6 de janeiro de 1959, Dia dos Reis, em que o povo de Santa Clara lotou as ruas para esperar a chegada de Fidel com a Caravana da Liberdade, agora ocupou as ruas e avenidas para dar o derradeiro adeus ao homem que mudou o destino de Cuba.
Agora Santa Clara e Villa Clara se reuniam para dizer-lhe Até sempre Fidel! E não podia ser menos. O homem que agora parte à imortalidade foi o responsável porque estas terras se enchessem de escolas, hospitais, centros científicos, instituições culturais e esportivas, e o mais importante, devolveu a dignidade a este povo.
Cuba toda continua reverenciando o falecido líder cubano, na sua passagem pelas diferentes províncias, até sua morada definitiva, em Santiago de Cuba, onde descansarão seus restos mortais para sempre.
