
A situação no Afeganistão, após a fuga apressada das tropas dos EUA e das forças da Aliança Atlântica, ainda está longe de se concretizar em um ambiente de controle e estabilidade. A culpa por quanto tempo este clima adverso pode durar para o povo afegão é dos Estados Unidos e da OTAN: seus invasores e ocupantes por duas décadas.
«Transcorreram 20 anos com milhares de mortes e bilhões de dólares em despesas para confirmar que os Estados Unidos não têm o direito de governar o destino do Afeganistão ou de qualquer país soberano», escreveu na terça-feira, 17 de agosto, o membro do Bureau Político e ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, em sua conta no Twitter.
Por sua vez, o secretário executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA-TCP), Sacha Llorenti, condenou os métodos intervencionistas dos Estados Unidos no Afeganistão. Em uma mensagem postada em sua conta no Twitter, Llorenti compartilhou um vídeo sobre o que está acontecendo em Cabul, especificamente no aeroporto, e escreveu: «Imagens de como a democracia, os direitos humanos e a liberdade são promovidos».
A realidade é que os Estados Unidos, o iniciador e impulsionador daquela guerra de agressão, que custou aos contribuintes norte-americanos mais de um trilhão de dólares, deixou um país mais pobre, mais instável e ingovernável do que o que existia duas décadas antes, quando o então presidente George W. Bush enviou centenas de milhares de seus militares para massacrar o povo afegão, como sempre, em nome da liberdade e da democracia.