ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Prensa Latina

Sempre eu escutei dizer que os problemas não vão ser resolvidos com lamentos porém, ainda que essa frase contenha muita verdade, os Estados Unidos a espezinham, tal como faz com a ONU, a qual usa agora e acaba de vetar uma proposta de resolução do Conselho de Segurança que reclama um cessar-fogo em Gaza.

 É pela terceira ocasião, de forma consecutiva, que a administração Biden veta a possível solução, embora incompleta e com menos elementos dos necessários, porque o genocídio israelense contra o povo palestino precisa ser parado de forma tangente e castigar da forma mais severa aos seus infratores. 

 Trata-se, é, dos que bombardeiam e matam, dos que financiam e fornecem armas às forças do exército israelense, usadas desproporcionalmente com a certeza de que o governo estadunidense não vai permitir nenhuma outra resolução de condenação, embora seja a muito limitada, que está pedindo um cessar-fogo.

 Em 20 de novembro, 13 membros do Conselho de Segurança votaram a favor a resolução, um deles se absteve (o Reino Unido) e houve apenas um voto contra – o dos Estados Unidos – suficiente para eu a comunidade internacional cada vez esteja mais convicta, de que com lamentos não se vai resolver o problema palestino nem vai acabar o genocídio israelense.

 Uma coisa semelhante acontece no Tribunal Internacional da Justiça, no qual as resoluções para eu Israel seja levado perante a justiça pelo genocídio que está cometendo, ficam arquivadas entre tantos documentos que mostram uma ONU indefesa, perante o que está acontecendo com uma população palestina que Israel se propôs extinguir.  

 Desta vez, tal como nas ocasiões anteriores, os Estados Unidos «justificaram» seu veto com o que disse sua embaixadora perante a ONU, Linda Thomas-Greenfield, a qual garantiu que «o projeto não vai conseguir uma paz duradoura, mas vai conseguir prolongar o cativeiro dos reféns no poder de Hamás».

Retórica que se converte em veto. Veto tornado crime. Punição que não chega. Mortes palestinas que continuam aumentando.