ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Parabéns trabalhadores! É monumental o que foi feito para sobreviver à pandemia sob um bloqueio reforçado e ainda seguir em frente. Foto: Estúdios Revolución

Com a efervescência duradoura do histórico 8º Congresso do Partido Comunista de Cuba, no dia 1o de Maio a nação mais uma vez estremeceu ante o transbordamento de amor, confiança, unidade, compromisso e resistência de um povo trabalhador que tomou de assalto as redes sociais e tornou sua a celebração do dia do Proletariado Mundial. «Parabéns trabalhadores! É monumental o que foi feito para sobreviver à pandemia sob um bloqueio reforçado e ainda seguir em frente. Um povo trabalhador e criativo como o nosso merece uma imensa homenagem», postou no Twitter o primeiro secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, que também presidiu o ato simbólico pela data, na Praça da Revolução de Havana.

Aos pés da imponente estátua de José Martí, o membro do Bureau Político e secretário-geral da Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC), Ulises Guilarte de Nacimiento, disse: «nós trabalhadores sabemos que estamos passando por um complexo e um cenário desafiador Mas, ao mesmo tempo, também somos portadores da convicção que Fidel nos ensinou, de que só quem luta, resiste e não se entrega é aquele que tem direito ao triunfo».

«FESTA PROLETÁRIA» NAS REDES

«Sorriam que essa foto é para o Facebook», disse a jovem, com seu celular pronto para captar o momento com os pais e, poucos minutos depois, a foto daquela família da província de Granma já circulava na popular rede social, levantando, de casa, um pôster em homenagem à gloriosa «marcha que nos convida ao amor».

Essa foi a motivação de muitos, muitos cubanos que acordaram no início deste dia 1o de Maio, para inundar a plataforma digital com textos, desenhos animados, fotos e vídeos de aplausos que reafirmaram porque «Unidos Fazemos Cuba».

Com as etiquetas #SomosContinuidad, #MiCasaMiPlaza e #CubaViva, entre outras, os trabalhadores da Ilha maior das Antilhas contaram como um país ferozmente bloqueado chegou a esta festa proletária com uma reforma salarial que tem como fim dignificar o emprego como principal fonte de renda pessoal.

A partir destas redes sociais também comentaram sobre a proteção dos vulneráveis ​​após o início da pandemia da Covid-19, as novas formas de pagamento para estimular o melhor desempenho profissional e o aumento para mais de 2.000 das atividades autônomas ou independentes que podem ser exercidas.

Não faltou, também, nesta festa virtual, quem falasse de oportunidades, sonhos e estatísticas, porque aí estão, palpáveis ​​e públicos, os números que revelam a incorporação de cerca de 100 mil pessoas à vida ativa do trabalho depois da implantação do Tarefa Ordenação, e aqueles que anunciam que, com o apoio da CTC, ao longo deste ano, o ministério do Trabalho e da Previdência Social prevê a criação de 32 mil novos empregos.

A paisagem da cidade foi adornada com múltiplas iniciativas. Foto: Endrys Correa Vaillant

UMA PRAÇA TAMBÉM A PARTIR DO CAMPO

«Às seis da manhã estávamos na rua, caminhando», disse. «Saímos antes do Astro Rey; nós o vencemos», ela se gabou. Claudia e Jassiel Ernesto cruzaram a cidade de uma ponta a outra. «Quase três quilômetros de sul a norte, a pé; mas estamos aqui», ponderou o jovem com os punhos cerrados, expressão de um compromisso resumido pela jovem: «simplesmente não queríamos faltar; esta jornada do proletariado também é nossa».

Como eles, cerca de cinquenta jovens de Guantánamo, além de se adiantarem ao nascer do sol, roubaram um pouco de sua luz. Seus olhos derramaram luz sobre canteiros de feijão e acelga, no sulco que desta vez tomaram por praça.

Também de campo, na província central de Ciego de Ávila, José Alberto González Sánchez, um camponês com alma na terra quase desde o nascimento, refletiu sobre alternativas e a introdução da ciência e tecnologia, bem como a necessidade de não desperdiçar um minuto para o bem da produção de alimentos.

Presidente de uma cooperativa de produção agrícola e membro do Comitê Central do Partido, afirmou que, para ele e seu povo, a ordem entra pelo sulco. Isso foi demonstrado em uma das áreas mais produtoras de alimentos do país: La Cuba, onde a festa foi agrícola.

SER EFICIENTES É PENSAR EM CUBA

A força de um país, renovador e sustentável, como exigem os tempos atuais, este 1º de Maio iluminou também o rosto jovem dos trabalhadores do polígono alimentar Barquillo, da província oriental de Santiago de Cuba, que, apenas dois anos depois de sua criação, valida a essência da política de desenvolvimento local.

A administradora da entidade, Dayamí Carbonell Martínez, falou ao jornal Granma do clima de alegria: «Procuramos o áudio para a música, as bandeiras e os cartazes, a favor de um país unido, e cada um dá a sua contribuição a partir do seu local de trabalho, pois vamos oferecer ao povo cerca de 40 linhas de alimentos».

Da mesma forma, para que a empresa estatal socialista seja eficiente, os dirigentes e trabalhadores da empresa agropecuária Valle del Yabú, de Villa Clara, reafirmaram seu compromisso com a celebração proletária, amparada pelo compromisso e pelo rigor.

«Depois que foram aprovadas as 15 medidas de fortalecimento dos entes do Estado e traçada a estratégia econômica, empreendemos a tarefa de buscar alternativas para fazer do Yabú a horta produtiva que Raúl indicou durante uma de suas visitas a este local», afirmou Norberto González Pedraza, diretor da instituição.

De agora em diante, seus resultados têm sido muitos, mas nenhum teria sido possível sem a ajuda dos trabalhadores, que veem nessas iniciativas uma forma de melhorar sua economia e a do país.

Vários homens e mulheres percorrem o mesmo percurso em Pinar del Río, onde, nas últimas semanas, os desenhos em 3D de dois empreendimentos turísticos locais que se constroem em suas montanhas têm despertado a curiosidade nas redes sociais.

De um deles, localizado em áreas da empresa agroflorestal Macurijes, no município de Guena, em Pinar del Rio, e o segundo, nas florestas da empresa agroflorestal do município de La Palma, é notável que em nenhuma das duas experiências o ministério do Turismo cubano participa, mas foram concebidas a partir das atribuições que foram outorgadas ao sistema empresarial, para impulsionar seu desempenho, e a partir de alianças com a academia e os governos territoriais.

Também de Matanzas, com o propósito de rejuvenescer a cidade tricentenária, a contribuição de quem hoje se forma na Oficina e Escola de Ofícios Daniel Dall´Aglio é decisiva.

Leonel Pérez Orozco, curador da cidade, considera que dignificar os ofícios em nosso país, e em particular naquela província, é algo tão valioso quanto urgente e um bom motivo para comemorar.

NÃO HOUVE DESFILE, MAS SIM CELEBRAÇÃO

A vitória de Playa Girón e a memória da tenacidade demonstrada pelos cubanos na epopeia deram uma alegria especial à festa operária este ano.

E apesar do fato de que, pelo segundo ano consecutivo, a perseguição da Covid-19 nos impediu de realizar o assalto em massa nas ruas e avenidas, para celebrar os direitos da classe trabalhadora cubana, a partir da Praça da Revolução major-general Antonio Maceo, à histórica Posta 3 do antigo quartel Moncada, em Santiago de Cuba, cerca de 7.000 veículos e motocicletas soaram os clarins do compromisso com o trabalho e a Pátria.

Também nas províncias de Sancti Spíritus e Granma, tal como no resto do país, centenas de portais, balcões e centros de trabalho «fizeram ecoar bandeiras» desta festa da classe trabalhadora, na qual Cuba, mais uma vez, reafirmou a mensagem de que a nossa é, e sempre será, uma Pátria viva, unida e vitoriosa.