
Também é possível dizer «não» ao império quando suas pretensões são de impor sua arrogância em detrimento dos povos e governos que não se submetem a seus caprichos hegemônicos.
As diferentes administrações norte-americanas sempre tiveram, como política para a América Latina e o Caribe, a da subjugação, considerando nossos países como o quintal de suas ambições: uma Doutrina Monroe no século XXI.
Por esta razão, alguns meios de comunicação ocidentais acham estranho e incompreensível que os governos das nações soberanas da região tentem ser independentes dos interesses de Washington, e não cedam sequer a aceitar as imposições dos EUA em troca de paliativos econômicos ou o levantamento de sanções cruéis.
Não devem ser exceções, mas uma maioria, que se acostuma a usar o «não» como equivalente de dignidade, para pôr fim a uma política coerciva, colonialista e antidemocrática que viola toda inclusão, diálogo e busca de consenso, a fim de fazer avançar as nações sujeitas à despossessão e exploração.
O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador disse que «os tempos são diferentes e devem mudar», e na terça-feira, 10 de maio, reiterou, com grande determinação, sua posição digna e firme com respeito aos países e governos da América Latina e do Caribe.
Nessa ocasião, disse respeitosamente que se o presidente dos Estados Unidos não convidasse todos os líderes da região para participar da 9ª Cúpula das Américas em Los Angeles em junho próximo, ele não participaria.
A política de não inclusão da administração de Joe Biden também teve a oposição abertamente oposta de blocos de países como a Caricom, a ALBA-TCP e o Grupo de Puebla, governos e entidades da América Latina e Caribe, e vozes de outras partes do mundo aderiram, como declarou em 10 de maio o governo chinês.
Os próximos dias testemunharão como a dignidade e a soberania dos povos livres estão resistindo, ganhando apoio e colocando freios morais à arrogância e à prepotência do governo dos EUA.